Mãe é uma só, dizem, e biologicamente
é incontestável. Mas a vida e a história de cada um traz peculiaridades.
A minha querida se foi cedo
demais, nem tivemos muito tempo e eu só fui saber de fato o que é uma mãe, na
sequência triste de sua ausência.
Ernestina era uma guria de 28
anos quando foi trilhar o mesmo caminho de luz que a trouxe.
Então vieram as outras: Nena,
Toninha, Iolanda, Neci, Mercedes e outras, que antes de me colocarem debaixo de
suas asas carinhosas, eu mesmo invadi e fui lá dividir espaço com os irmãos que
adotei. Alguns até nem ficaram sabendo disso. Mas sempre recebi amor, conforto e cuidados.
Teve, porém, uma que também
viajou cedo, mas teve o tempo suficiente para, como se lê por ai tornar-se inesquecível.
Amada e incomparável Cecy, que transbordava em carinho. Tinha idade de mãe, ou
tia, mas gostava que eu a chamasse de vó.
Talvez por querer ser duas vezes minha mãe.
Deixou comigo essa lembrança
que escondo além dos meus guardados, como uma foto mimosa ou uma tatuagem em
lugar estratégico, no caso, no coração, e que exponho neste Dia das Mães para
homenageá-las. E por elas, todas as minhas amigas que tem a felicidade de serem
mães.