Em cemitérios enterram-se saudades, e nada pode ser maior do que as minhas.
"Castelos sempre encerram misteriosos segredos. Há quem prefira construí-los de cartas ou areia, mas esses não têm mais do que o compromisso lúdico e fugaz. Um se desmancha ao sopro leve do vento, o outro com uma lambida despretensiosa do mar. O meu, quis fazê-lo eterno, porque não saberia construí-lo de novo..." JP
sábado, 31 de março de 2012
HAJA HOJE PARA TANTO ONTEM
Em cemitérios enterram-se saudades, e nada pode ser maior do que as minhas.
domingo, 25 de março de 2012
RAMON
Pensávamos diferente, portanto, fomos ao Ramoncito. (Quem não souber de quem se trata e não for mentiroso, digamos que tenha sido a versão pós-moderna e neofresca do Ivo). E de Bíblia na mão! Por certo haveríamos de converter alguma daquelas criaturas de vida fácil que enxovalhavam o nome das suas famílias vendendo seus corpos, ruborizando a sociedade pudica. A profissão mais antiga do mundo é condenada desde os tempos dos personagens do livro que carregávamos, e aquilo haveria de ser um forte argumento em favor dos nossos santos propósitos.
EM NOME DO FILHO
Tenho três fotos suas comigo, de três fases diferentes da vida. Na primeira, lá estava você, no colo plácido da mãe, com jeitão de nem aí para o que ocorria ao redor. Na segunda foto que tenho você montava o burro, vestindo aquele modelito demodê cheio de panos e pregas, sol a pino. Parecia constrangido e não mais com a virgindade da mãe. A terceira é preocupante. Não, não, você não está nada bem. Está magérrimo! Talvez em função do esforço para multiplicar pães e peixes e alimentar-se somente deles. Esta não é uma dieta saudável. A bandana espinhenta também em nada lhe favoreceu. Sua fisionomia cansada deixa transparecer todo o desconforto causado pela posição de braços abertos. Assim você se foi, dizem alguns. Outros dizem que você não demora voltará e de tão convictos pregam cartazes e estendem faixas. E há um segmento que diz que, na verdade, você está por aí, em todas as partes. Mas há ainda outros que perguntam: quem? A gente não agrada todo mundo. Nem você, como dizem.
Bueno, Mano, da minha parte quero dizer que o carrego em boa conta, embora não tenha feito ao longo da vida muita força para receber recíprocas. Confesso até que tenho lembrado mais dos seus assessores, principalmente a atarefada Edwiges (a propósito: você influiu na mudança do Pai nosso? Estava tão bem o texto que dizia perdoai as nossas dívidas...). Mas se é verdade que você se foi é melhor deixar por isso mesmo. Fique onde está. Momentaneamente há muita necessidade, mas pouco clima para o seu discurso preferido que incluía amai o próximo como a si mesmo... Embora isso pareça amargo. Além disso, para que houvesse melhor adaptação aos novos tempos melhor seria nascer de novo, mesmo que passasse mais uma vida ouvindo cochichos sobre a sua paternidade, ou você acha que ficaria por isso mesmo a historinha aquela do Espírito Santo? Pobre Maria! Pobre José!
Simplesmente reaparecer sem nascer de novo seria ainda pior. Você estaria um caco, quase coisificado, sem fôlego para longas peregrinações e muito menos para assoprar duas mil e tantas velinhas. Portanto, fique onde está, meu caro. Pode ser que esse lugar seja aqui do nosso lado, como dizem aqueles, ou em todas as partes como dizem os outros, ou simplesmente habitando uma metáfora como pensa quem não quer pensar a respeito. Pelo sim, pelo não, mantenha-se discreto e me ouvindo de vez em quando. Eu vou lembrá-lo feliz como gostaria de vê-lo. Não se esqueça de me recomendar ao Velho.
quarta-feira, 21 de março de 2012
ESTRELA GURIA
Por
onde andavas não sei.
Sei
que via teus olhos em cada anoitecer
Piscando
promessas.
Sei
que andavas por lá, entre Saturno e Mercúrio,
Brincando
de contrariedades.
Revia
neles teus anéis de fantasia,
Frios,
voláteis, incompreensíveis...
E
por vezes, um presumível fogo mercurial.
No
lapso cósmico e temporal,
Onde
ficou o teu jeito de ser menina,
Dormiu
meu jeito menino de gostar de ti.
Amar?
Eu amava quindins e caldo de cana.
Mas
quindins tinham o gosto do teu jeito;
E eu
bebia teu riso no caldo de cana fresco.
Por
fim, imagina os sonhos que sonhavas.
Distantes,
procurantes... Por certo sem mim.
Por
onde andavas não sei.
Por
onde andas... Sei.
Vejo-te
em cada crepúsculo vestida de Dalva,
Piscante
e anunciando as promessas
Que
jamais prometeste,
Mas
juro por Deus que as ouvi.
Estás
lá, coberta de brilhos e me conformo.
Melhor
o devaneio juvenil como mortalha,
Arrebatado,
puro, tão lindo quanto impossível.
Cumpre
pois o teu destino, estrela-guria:
Sempre
distante e jamais cadente;
Talvez
nunca candente, porque toda estrela é fria.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Gold finger
Sentei e busquei desesperadamente uma revista, qualquer uma. Sabe revista de consultório? A mais nova mancheteava: Caras-pintadas derrubam Collor ! Acho que uma das outras era O Cruzeiro. Não importava nada disso, queria, como todos os desafortunados presentes, esconder o olhos. Por prudência ou discrição, o consultório não tinha recepcionista. Já pensou, você ali, mortificado, e uma secretária lhe olhando, séria, talvez com pena, vez por outra rindo, sabe-se lá de quê, ruminando um chiclete? Seria a ante-sala do inferno. Assim já o era.
OS DÍGRAFOS
Adicionar legenda (poema fraterno) |
Do livro Assim como era no principio
Por humanos, pares,
A um tempo plurais e singulares.
Quanto mais pares, mais ímpares,
Que aglutinados e aglutinando,
Se encerram em nichos justapostos.
Números naturais, quase sempre primos,
Ao longo da vida divididos por unidade,
Ou por si, quando enfim multiplicados.
Dois perfaz um, nesta primalidade grupal,
Força que não prescinde da submissão diacrítica,
O que somos, como entidade social e afetiva?
O que buscamos além de Primus inter pares?
Dígrafos.
Quase sempre iguais. Nunca únicos,
De missão única, quase nunca igual.
Apegos vitais na gramática da convivência;
Recíprocos na formação do todo que importa;
Modulados para dizerem sempre mesmas coisas.
E seguirem juntos para os mesmos lugares.
Separam-se por meio, não fim, repudiando hiatos,
Apenas vez por outra, para dar curso à vida,
E contrariados quando a linha chega ao final.
Meus afetos; meus pares; meus amigos...
Meus dígrafos... Axiomas do infinito.
sexta-feira, 16 de março de 2012
DE REPENTE DO RISO FEZ-SE O PRANTO
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...
VERDES ANOS
Vou apenas resumir dizendo que o Criador, no sexto dia, às seis horas da tarde, antes do primeiro bocejo, extasiado com a magnitude de sua obra resolveu inventar o sorriso. É verdade que demorou um pouco mais do que o previsto, aperfeiçoando e adaptando caras e bocas, pois seu padrão era Mona Lisa, o que convenhamos, não tinha graça nenhuma. Enfim conseguiu satisfazer sua divina mania de perfeição oferecendo-o a alguém que conseguiu usá-lo de forma integrada, ou seja, fazendo com que todo rosto risse junto, boca, olhos e até a franja. Resultou então naquele conjunto harmônico, foco permanente dos meus olhos, moradora permanente das estrofes falhadas em meus versinhos de guardanapo e à altura dos mais suaves fetiches.
Comparada a ela, Suzanne Pleshette, meu primeiro caso mal resolvido, era um nada. Nesse namoro, que envergonharia Platão, a personagem era uma obra de natureza viva, exclusiva, hoje pendurada na parede das minhas confissões sem culpa.
Jamais me aproximei dela, ouvi sua voz, ou descobri do que gostava. Nem mesmo fiz por ela amplos planos futuros ou ousei fantasias eróticas. Nunca pensei nela como uma namorada de sentar na praça, nem alguém com quem pudesse me consumir nos pelegos. Não havia e não há sequer uma música romântica que me lembre sua figura ou seu jeito. Só um contexto, um tempo e uma idade, tão bonita quanto contraditória. Uma parte de nós inchava os testículos nas reuniões dançantes e cantava: “eu te amo, meu Brasil, eu te amo...”; Outra vivia escondida, com medo de ter os mesmos órgãos inchados nos testes de amperagem, promovidos pela atividade repressiva extra-oficial.
Nem ao mais próximo segredei sobre aquela obsessão. Mas ela, por certo, desconfiava. Impossível que não percebesse dois pares de olhos eternamente fixados na direção dos seus, irremovíveís, mortificados, teimosos, porém, vertendo fragilidades. Não havia o que temer, e talvez por isso o assédio virtual não a perturbasse. Assumia com generosidade e consciência social a sua condição de ídolo.
Recentemente descobri que não era único voyeur na vida dela. Nada mais, nada menos que dois times inteiros de basquete da época tinham por ela algum frisson, com variáveis de acordo com a imundice mental de cada um. Experimentei um gostinho amargo, quase me senti traído, mas logo, logo compreendi que eram questões diferentes. Os predadores da inocência queriam algo mais concreto, não lhes bastava a pureza platônica que só eu sentia. Não os culpo por isso. Eram sentimentos mais compatíveis com os padrões da idade, em todas as épocas.
Vi-a pela última vez há mais de trinta anos, mas lembro com exatidão como era. É uma lembrança que dorme para sempre nos meus nadas bem guardados. Revê-la talvez quebrasse o encanto. Não seria ela e eu teria um motivo a menos para sentir saudades de mim e da minha bucólica Uruguaiana de antes.
Está, onde deve estar, eterna natureza morta; sempre menina, incomparavelmente bonita, permanentemente impossível, e eu olhando para ela, anestesiado, com o rosto tão cheio de espinhas quanto de vergonha.
quinta-feira, 15 de março de 2012
VERSOS SATÂNICOS - TRILOGIA
O CARO PALO DO GALO
E tanto quanto posso falo, exalo, propalo.
Vez por outra me dá um estalo
E me dou conta que eu mesmo me encurralo.
Acabo ficando no bagaço,
Digo que não merecem o meu cansaço,
Mas de pronto me refaço,
Pois considero um erro crasso
Silenciar e vergar o espinhaço.
Temos de enfrentar aquele cangaço,
Coalhado de devassos,
Que criou metástase no Paço.
E vivem nos fazendo de palhaço,
Trilogia neles! Porrada, relho e balaço.
Deputados, Senadores e outros usurpadores
Que invadem nossos televisores
E outros receptores.
Falam como se nos fizessem favores
E não estão nem aí para os horrores,
Que praticam nos bastidores,
Totalmente desapetrechados de pudores.
E o povo parece que nem liga.
Quando muito faz figa,
Acha melhor do que partir para briga.
De mais a mais, é mais fácil falar da rapariga,
Aquela que fez um montão de intriga,
Planejou bem planejada uma barriga,
Naquela pegadinha sexual pra lá de antiga.
Entretanto, hoje já não mais litiga.
Pudera. Com a conta-corrente que abriga,
Dá para viver de cantiga,
Como na fábula, e para inveja deste rábula:
Mais cigarra e menos formiga.
E vem aí um livro sobre o Congresso.
Garantido amplo sucesso.
Alguém duvida que o tal impresso
Seja o mais vendido até no recesso?
O que contará miss Veloso?
Duvido quem não esteja curioso.
Dirá ela o quanto o Renan é charmoso?
E que brinca de mimoso depois do gozo?
Não sei, não, acho duvidoso.
Aposto num folhetim meio cavernoso.
Mas serão verdades negociadas no prelo.
Se paga uma omissão aqui,
Distorce-se uma verdadezinha lá,
E enfim, bate-se o martelo,
Com o velho gesto singelo,.
De depositar onde há castelo.
O dinheiro deverá sair do paralelo,
Onde sangra o caixa verde e amarelo.
Moniquinha Veloso hoje veste chinelo.
Depois de atar o burro na sombra.
Talento de quem soube usar a pomba
e escolher a hora da tromba.
Ai, ameaça que vai largar uma bomba,
A velhacada se assombra
E até o mais resistente tomba.
A moça ficou pelada e anda dando risada
Assistindo de arquibancada
Os efeitos da sua tacada.
O Renan, que havia feito a cagada,
Por não saber usar a espada,
Desconsiderou a emboscada
E levou a enrabada.
No final desta novela tragicômica!
Mesmo sem bomba atômica
Ocupou grande espaço na crônica).
Logo após este estrago.
Muitos recorrerão ao trago,
outros farão teses como discurso de gago.
E será terminantemente proibido
Trocar afago a cem metros do Lago.
Riscar fora da caixa só em ambiente pago;
Muito sossego no bago,
E tranca forte na bragueta.
Melissa para amordaçar os gametas,
Sobretudo, jamais entrar nas gavetas,
Teúdas e manteúdas,
Sem jaqueta na chapeleta.
Com suas entranhas poderosas!
A gente mal se lembra das estranhas gostosas
Que surgem no vídeo como um cometa,
E num záz, desaparecem, ou vão brincar de Julieta,
Com o primeiro Romeu que vier atrás.
Mas meticulosamente escolhido.
Elas sempre esperam a melhor curva,
Os exemplos proliferam às mancheias.
Vão, silenciosamente armando as teias,
E quando o “moscão” bobeia, créu!
Pensa que está no céu,
Mas está enrolado nos caracóis,
Com um e outro pingo nos lençóis,
No entanto estejam certos:
Muitos pingos dentro e um óvulo fertilizado.
O cara até pode ser esperto, atilado,
Mas na hora do ai-ai-ai pouco se importa,
Ou sequer imagina, que será de novo pai
E que a ação foi premeditada,
Não mede o tamanho da cagada,
Entorpecido, olha para a china,
Enxerga pouco mais que uma vagina,
E naquele momento profundo,
Ejacule-se o mundo,
Ele, se quiser, que acabe naquele segundo.
No remanso de uma história destas,
Borboleteiam o panaca e a oportunista,
Que faz as coisas sem dar na vista,
Aproveitando o grande poder da mulher.
Mas só não vê quem não quer.
Basta, passado o fato, comparar cada retrato.
Olhem a Mônica Veloso,
Agora olhem o Renan.
Eu ficaria no mínimo sestroso.
Antes de chegar o tchan-tchan-tchan
Custava lembrar do que todos temem?
Mulher que circunda o poder não faz pacto de sangue,
Faz pacto de sêmen.
Foi brincar de Romeu
No tempo em que mais se fiscaliza o galinheiro,
E deu no que deu.
Perdeu dinheiro, prestígio, perdeu poder
E talvez saia das boas,
Coisa que cultivava a décadas,
Desde que abandonou as Alagoas.
Pagou um preço alto por riscar fora da caixa,
Arriscou a vida pública por uma racha,
E num momento, quiçá raro, de estado erétil
Nem quis saber do tal período fértil.
O fato de ser perdoado pela esposa.
Aliás, como fez a mulher do Clinton,
Traída com outra Mônica, a Lewinsky,
Aquela que fazia chupinsque,
Enquanto o gringo brincava com o charuto,
num “meia nove”, no mínimo fajuto.
Peço perdão pelo palavreado bruto,
Mas a rima é inevitável.
E pelo sim pelo não,
A partir de agora é recomendável,
Todo cuidado com as Mônicas.
Das discretas às histriônicas.
SE ENTREGA, CORISCO!
Mesmo que alguém não goste,
Eu arrisco: não sei, não. Depende de tudo.
Parece que tudo vai bem e de repente,
Quando ganharia mais se fosse mudo,
Lá vem o outro com discursos de improviso,
De muita bravata e pouco siso.
Até a ex-maldita CPMF virou queridinha do chefe.
É bom para aprender que governar
Não é beber cachaça.
Esse parece que o bicho não come,
Ao contrário, é ele que come.
Come e se farta, e depois descarta.
Ou tenta
como no caso da sua última transa barulhenta.
E nós pagamos a farra.
Na marra!
A tranqüilidade soberba do Renan
Já me indicava que ele era um arquivo.
Por isso o senado estava sendo “compreensivo”.
A maioria daqueles sisudos senhores
Morreria aos efeitos de um discurso “explicativo”,
Sobre o porão moral do Congresso.
Moral coberta de abscesso,
Que na verdade está em metástase,
E como todo mal... Arrasta-se.
O Gabeira, que adora botar lenha na fogueira,
Lembrando o Antonio das Mortes,
Grande caçador de cangaceiros da zona norte,
Hoje em falta, fuzilou o Calheiros,
Chefe daquela malta,
Lascou, assumindo o risco:
Se entrega, Corisco!
Pra que a gente apenas resuma:
O Gabeira é mais macho que a maioria
(quem diria!);
Segunda: não tem medo de expor a bunda,
Ou seja, não prega moral de cueca,
Embora alguns desaprovem seu estilo boneca,
Mais enfeitado que o quarto do Ivo,
Nem de seu passado “festiva”, e festivo.
Também eu enxergo torto esse quadro defectivo,
E nessa faixa de opção, não dou valor lascivo.
Tenho vontade de “largar um osso”.
Eta raça triste essa que habita o Congresso!
Não tem um que não mereça cana.
Estamos chafurdando no fosso
E, por mim, nada mais peço,
Nada mesmo adianta,.
pois os poderes estão coalhados de sacripantas
Entre situacionistas cúmplices
E oposicionistas hipócritas
Quem perde são os idiotas,
Estes aqui que habitam as planices,
Que nada tem a ver com aquela zorra.
(Como nada, porra?
De tempos em tempos colocamos todos lá,
Pior: ainda fazemos campanha
Depois ficamos aqui reclamando do Ali Babá.
Caímos na velha artimanha
De que votar é preciso,
Nos curvamos ante um amplo sorriso
Que nos aborda, na horda de anjos imaculados,
Santinhos por todos os lados
No papel e no discurso,
E muito abraço de urso).
Que prolifera feito inço.
E no seio da Pátria amada vem se perpetuando.
Foi tropa de choque de dois Fernando
E depois adotado pelo Lula.
De lá pra cá ele bajula,
articula, manipula, dissimula, copula, ejacula
E... nós carregamos o fardo,
Pagamos o pato e a pensão do filho bastardo.
Renunciando, se salvou
E talvez nem perca o comando no bastidor.
Deixa provisoriamente de ser Senador
Para candidatar-se a... Senador.
E deverá deixar de lado a revanche,
Pois a fila continua andando
A Mônica sai de cena sem .deixar chance,
Saciada e garantida por ter trocado,
Um pau de quando em vez por doze paus por mês.