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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

SOFRIMENTO COMO MEIO, IMORTALIDADE COMO FIM



A história de São Paulo e Bolivar já estava contada, bem como a generosa quantidade de gols. Enquanto houve pernas, os bambis fizeram valer sua melhor qualificação, depois, o craque bolivariano (um gigante de 3660 metros de altura) entrou em campo. Feito. O São Paulo é sério candidato a jogar em Tóquio em dezembro.

Em Porto Alegre a cobra fumou, bem no estilo gremista de ser. Parto de fórcipes. Contrações de cinco em cinco segundos, dilatação de quatro dedos e respiração cachorrinho.

O Grêmio mostrou um início esperançoso, forçando o ferrolho composto por onze equatorianos (ou seriam espartanos?), que se dedicaram a rebater tudo que representasse matéria, bola, corpos, leivas, quero-queros... Sob o olhar complacente do juiz argentino. Parêntese.  “Deixar o jogo correr” não está entre as dezessete regras da arbitragem. É critério, estilo, etc, desde que coadjuvado pelo bom senso. No caso de ontem, além da cera impune por cartões, os equatorianos estavam liberados para o anti-jogo. Tanto que o no final um cidadão, dos onze defensores, sentiu-se a vontade para retirar de bicicleta a cabeça de um atacante gremista (ao menos tentou). Ok foi expulso, mas já passava de 40 min. do segundo tempo, e a eminência de pênaltis se consagrava. Fecho parênteses, não sem antes pensar na mãe daquele juiz. A verdadeira, não a do campo.

A má atuação gremista pode ser creditada a vários fatores, como pressão pela necessidade de vencer sem levar gols, tendo uma defesa formada por reservas; a monumental retranca equatoriana, o início de temporada, o dia “não” de alguns (dia não, ou fase não?), a arbitragem frouxa, mas acho que o principal está no gramado. A gestão anterior não quis deixar para a atual o privilégio de inaugurar a Arena, e assim, apressou, bem como fazem os políticos em final de mandato, a inauguração da obra.

Não há um campo de futebol e isso, claro, prejudica quem precisa jogar. Um areão mal disfarçado no meio do pasto. E para completar, frágeis gradis para segurar a turba em debandada.

Espero que o bom senso impere e se retire as condições de jogo na Arena, antes que algo de mais grave ocorra.