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quinta-feira, 5 de junho de 2014

ADEUS, COMPLEXO DE VIRA-LATAS!


Somos um país riquíssimo, e isto já não é novidade. Veja o que pagamos de impostos, o quanto pagamos de salários oficiais, o quanto emprestamos a fundo perdido para países menos afortunados, ou parceiros, e o que ainda sobra para falcatruas oficiais, passivas e ativas. Desmandos que devem justificar o PIB raquítico.

Disseram que as jazidas de petróleo descobertas nos dariam auto-suficiência, a ponto de nos tornarmos exportadores do produto e derivados. Uma riqueza igual as esmeraldas de Minas e a Serra Pelada de tantas mortes. A maioria viu pouco, mas uma minoria viu muito e ganhou muito. Não é o caso, no momento.

As perguntas que faço são as seguintes: Em que produto fomos líderes mundiais e poderemos rapidamente voltar a ser? Qual produto nos deu um subproduto apelidado de rei, cuja soberania será para a eternidade? O que mexe com tantas paixões, no mínimo onze meses no ano, gerando recursos estratosféricos? E isto em nível mundial.

Um dia alguém nos chamou de “país do futebol”. Já fomos, mas voltar a ser é uma expectativa que pode acontecer logo ali, afinal, mesmo com uma safra de atletas sofrível, continuamos exportando e muito. Infelizmente não nos organizamos profissionalmente do túnel para fora.  Ainda somos dirigidos por aproveitadores no primeiro escalão e amadores no segundo.

Mal comparando, nosso rebanho ainda é criado no velho estilo da pecuária expansiva. Perde-se um aqui, outro acolá, mas como a produção é farta, não mudamos os métodos. A Europa, entretanto, há muito adotou o confinamento, pesquisa e melhoramento da espécie. A produção por aqui continua farta, mas a qualidade, por conta do desleixo expansionista, mixou.   

Veja, no entanto que, apesar de tudo isso, estamos ali, taco a taco, com os poderosos (putz!), e não só por sermos sede, somos novamente candidatos ao título.

Vai ter Copa, agora não adianta espernear. Deveriam tê-lo feito há oito anos, caso fossem contrários. E percam as esperanças: o dinheiro gasto, jamais seria destinado a hospitais e escolas, infelizmente. Seria desviado para outras ações, talvez menos nobres. Há um amplo histórico para provar isso.


E eu vou torcer pelo Brasil, claro. Nasci aqui, moro aqui e há muito rasguei o recibo. Larguei o complexo de vira-latas.