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sábado, 1 de fevereiro de 2014

AGORA, JOSÉ?


Agora, José? A festa iniciou, a luz acendeu, a noite esquentou, o povo reuniu!...

Mas agora, José? Você que tem nome, assina coluna, que teve tempo de sobra para protestar e nada fez. Se você gritasse; se você gemesse; se você tocasse quando dava tempo, vá lá. Mas agora, José? Agora já era.

Gritar contra a Copa do Mundo agora é tarde. O dinheiro já foi gasto, e o que não foi, está comprometido.  Não tem control Z. A grana dos estádios não reverterá para hospitais ou escolas. Já não está mais nas mãos do governo. E o que fazer com o que já foi gasto? E os contratos?

Leio e ouço a posição de setores da imprensa contra o evento. Justo é. Apenas tardio. E por que não dizer, oportunista. Reverberam a gritaria da massa, com o mesmo objetivo dos partidos políticos que desfraldam  suas bandeiras nas manifestações de rua. E não leio nem ouço dessas partes, alternativas do que fazer para ressarcir o dinheiro investido. 
    
A hora de gritar contra era lá, em 2007, quando o Brasil lutou pelo direito de sediar a Copa de 2014. A gritaria que me lembro da época era de festa; de vivas ao Brasil e ao magnânimo e arrojado presidente de então pela conquista histórica (... quase nunca na história deste país...”). Ou que os contrários continuassem esperneando quando das licitações; ou ainda no início das obras. Saíssem às ruas, pintassem a cara, levassem bandeiras, invadissem o Planalto.

Mas agora, José? Sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José!

José, para onde?

(Perdão, Carlos Drummond de Andrade!)