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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FELIZ ANO VELHO



É comum, todos fazem, uns mais outros menos, e aqui vale para longas e derramadas reflexões, ou simplesmente um “ufa!”.

Final de ano é assim: uma catarse. Andei lendo outro dia tudo que venho escrevendo a respeito. É de chorar. Parece que os anos andam se resumindo em dores, e que dezembro, por ser dezembro, talvez, e porque resida lá no décimo segundo andar  do ano, assuste pelo olhar do terraço. Dele tenho a visão, ou revisão, dos desassossegos. Mas porque só deles?

Olhando o tempo, tem sido assim mesmo. Há em dezembro uma espécie de carimbo sinistro, forçando que eu carregue para muito além, as marcas do ano que finda. E a gente sabe que dor tem epicentro e que as felicidades costumam morrer no fim do riso.

Mas neste ano da graça de Nosso Senhor de 2014 não será assim. É decisão minha. Das perdas que houve (e como foram duras as perdas! Quantos amigos queridos se foram?), já sequei o choro. Ficará comigo o que tive antes delas, e em alguns casos o que poderei reconstruir, se for bom para todos que se reconstrua.

A conta assusta um pouco, mas é simples. Digamos que dois terços do caminho já se foram. Assim, o terço que falta será respeitado. E como a decisão é minha, serei respeitado por mim. Se não houver alegria que exacerbe, tampouco me deixarei picar por mínima tristeza, por mais justificada que seja.

Não farei mais retrospectivas. O calendário que siga seu caminho, como seguem as metas comerciais: cumprida a meta; nova meta. Prestações feitas em dezembro não caducam em janeiro; os salários continuarão sendo pagos, despensas e geladeiras com as mesmas necessidades de sempre, e quem foi campeão terá de começar novos campeonatos com zero ponto. 

O que talvez demore um pouco a passar são os 7 x 1 da Copa, mas certamente não terão a força que teve o 2 x 1, do Uruguai, há mais de 60 anos.  O que passou, agora passa mais rápido, e ninguém mais tem tempo, saco ou mesmo direito de viver de glórias ou fracassos passados.


A partir de 2014, ano que agoniza, portanto, será assim: em lugar do “ufa”, um “up!”.  E 2015 está logo ali, mordendo o freio. Então que venha e vamos ser felizes juntos!