Câmara aprova a PEC em segunda votação.
Aos dezesseis anos andamos a cata de símbolos que nos
indiquem um lugar ou uma rota. Tudo então é viagem. Estações de passagem, cujo
destino é um lugar chamado “onde?”.
Aos dezesseis anos, ora estamos de mal, ora de bem, e
permanentemente escravizados pelos hormônios.
Quando estamos com dezesseis anos, somos vulneráveis aos
ídolos que nos vendem ou os que compramos por familiaridade, ou ainda por similaridade
com nosso alter confuso e por vezes deformado.
Podemos tudo; queremos tudo e damos pouco, afinal é época de
colher, embora nem tenhamos começado a plantar. Mantemos e potencializamos a
energia juvenil e a ela juntamos a força do adulto. Podemos gerar vida ou
tirá-la, escolher nosso destino e o destino de um país. Podemos tudo e não
devemos nada, a não ser às sacrificadas satisfações domésticas, e algum compromisso que
conseguirmos introjetar para o bem do nosso futuro.
Temos, portanto, aos dezesseis anos, o poder da vida e da morte. O privilégio de brincar de Deus, sem inferir o código da vida, e sem que responsabilidade alguma nos seja imputada.
Temos, portanto, aos dezesseis anos, o poder da vida e da morte. O privilégio de brincar de Deus, sem inferir o código da vida, e sem que responsabilidade alguma nos seja imputada.
Oh, tempos! Oh, costumes! Mudei, mudamos. Hoje,
aos dezesseis anos, bombados de porcarias químicas e/ou de ferros academistas, o
jovem pode juntar a tudo o que penso ter dito, uma estrutura corporal diferenciada.
Mal direcionado psicologicamente pode transformar-se em uma bomba de efeito
social devastador.
Ora, se social e politicamente pode definir rumos, porque não responsabilizar-se por seus atos?
O governo fala em ausência de estruturas de ressocialização adequados
para receber jovens; fala de inconstitucionalidade na revisão da idade penal e outros
bichos, como se desse bola à Carta maior quando não lhe convém, como é o caso de
oferecer saúde, educação e segurança ao povo. Fala, só consegue dizer
que não quer chocar um nicho eleitoral sempre atento aos chicletes de ouvido recheados
de messianismo quixotesco.
Infelizmente, apesar dos tímidos apelos de redes
sociais, só enxergo no país dois grupos capazes de mobilização de massas, entretanto
ambos comprometidos. Os jovens e os homossexuais. O primeiro não haveria de
mobilizar-se para legislar contra si próprio. E o segundo virou casta
privilegiada, em permanente busca de blindagem. Só enxerga e luta por interesses que não vão muito alem da própria sexualidade.
Sou a favor da redução da maioridade penal. Dezesseis anos, com a facilidade de informações de hoje, o jovem é um adulto precoce, mesmo que não queira.
As idades mudaram. Antes também éramos velhos aos cinquenta.
Sou a favor da redução da maioridade penal. Dezesseis anos, com a facilidade de informações de hoje, o jovem é um adulto precoce, mesmo que não queira.
As idades mudaram. Antes também éramos velhos aos cinquenta.