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domingo, 14 de abril de 2013

RADICAIS LIVRES

Câmara aprova a PEC em segunda votação

Aos dezesseis anos andamos a cata de símbolos que nos indiquem um lugar ou uma rota. Tudo então é viagem. Estações de passagem, cujo destino é um lugar chamado “onde?”.

Aos dezesseis anos, ora estamos de mal, ora de bem, e permanentemente escravizados pelos hormônios.

Quando estamos com dezesseis anos, somos vulneráveis aos ídolos que nos vendem ou os que compramos por familiaridade, ou ainda por similaridade com nosso alter confuso e por vezes deformado.

Podemos tudo; queremos tudo e damos pouco, afinal é época de colher, embora nem tenhamos começado a plantar. Mantemos e potencializamos a energia juvenil e a ela juntamos a força do adulto. Podemos gerar vida ou tirá-la, escolher nosso destino e o destino de um país. Podemos tudo e não devemos nada, a não ser às sacrificadas satisfações domésticas, e algum compromisso que conseguirmos introjetar para o bem do nosso futuro. 

Temos, portanto, aos dezesseis anos, o poder da vida e da morte. O privilégio de brincar de Deus, sem inferir o código da vida, e sem que responsabilidade alguma nos seja imputada.  

Oh, tempos! Oh, costumes! Mudei, mudamos. Hoje, aos dezesseis anos, bombados de porcarias químicas e/ou de ferros academistas, o jovem pode juntar a tudo o que penso ter dito, uma estrutura corporal diferenciada. Mal direcionado psicologicamente pode transformar-se em uma bomba de efeito social devastador.

Ora, se social e politicamente pode definir rumos, porque não responsabilizar-se por seus atos?

O governo fala em ausência de estruturas de ressocialização adequados para receber jovens; fala de inconstitucionalidade na revisão da idade penal e outros bichos, como se desse bola à Carta maior quando não lhe convém, como é o caso de oferecer saúde, educação e segurança ao povo. Fala, só consegue dizer que não quer chocar um nicho eleitoral sempre atento aos chicletes de ouvido recheados de messianismo quixotesco.

Infelizmente, apesar dos tímidos apelos de redes sociais, só enxergo no país dois grupos capazes de mobilização de massas, entretanto ambos comprometidos. Os jovens e os homossexuais. O primeiro não haveria de mobilizar-se para legislar contra si próprio. E o segundo virou casta privilegiada, em permanente busca de blindagem. Só enxerga e luta por interesses que não vão muito alem da própria sexualidade.  

Sou a favor da redução da maioridade penal. Dezesseis anos, com a facilidade de informações de hoje, o jovem é um adulto precoce, mesmo que não queira. 

As idades mudaram. Antes também éramos velhos aos cinquenta. 

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