Sou contra as torcidas organizadas. São verdadeiras
milícias urbanas subsidiadas pelos clubes. Têm pouco de torcida e nada,
absolutamente nada de organização. São fachadas sociais que abrigam o pior da
marginalidade sob o guarda-chuva covarde e interesseiro de dirigentes, que se
tornam tão criminosos quanto, pois além da cobertura oferecem subsídios à
baderna. Criminosos por responsabilidade.
Oponho-me a elas,
mas desgraçadamente, a
instituição da democracia nos clubes dá às “organizadas” poder de voto e a
sacanagem assim se retroalimenta.
O Grêmio
vai pagar caro, e defendo que pague, pela grosseria da sua torcida. E uma pena
digna seria jogar o restante do campeonato com estádio vazio. Pode ser que
aprendam. Não acho que uma pena técnica (eliminação ou perda de pontos) seja
justa. Digo isso mais por coerência que por saber jurídico, pois também achei
absurda a decisão do STJD de 2005.
As evacuações verbais de ontem (31/08) na
Arena do Grêmio, não tinham, entretanto, um alvo no campo. Foram manifestações
políticas de sócios e conselheiros, adversários da atual direção, que torcem
não pelo time, mas pelo quanto pior melhor nesta gestão, que lhes tirou alguns
privilégios. Mas isso não será compreendido, e é entendível que não seja por
quem não conhece a intimidade tricolor. O que ocorreu ontem haverá de ser
somatizado aos lamentáveis acontecimentos do jogo contra o Santos.
E quanto aos
profissionais de imprensa engajados. Estes,
indiferentes aos canhões de mídia que têm a disposição; que são ouvidos,
aceitos e seguidos pelos seus leitores e ouvintes, vivem de criar animosidades,
comprimir mandíbulas e fomentar violência entre adversários. Que me poupem de
seus arroubos histriônicos.
Como nas revoluções
ou guerras, só as inocentes massas de manobras sangram o chão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário