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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O QUE ME NUTRE, ME DESTROI



Sou contra as torcidas organizadas. São verdadeiras milícias urbanas subsidiadas pelos clubes. Têm pouco de torcida e nada, absolutamente nada de organização. São fachadas sociais que abrigam o pior da marginalidade sob o guarda-chuva covarde e interesseiro de dirigentes, que se tornam tão criminosos quanto, pois além da cobertura oferecem subsídios à baderna. Criminosos por responsabilidade.

Oponho-me a elas, mas desgraçadamente, a instituição da democracia nos clubes dá às “organizadas” poder de voto e a sacanagem assim se retroalimenta.

O Grêmio vai pagar caro, e defendo que pague, pela grosseria da sua torcida. E uma pena digna seria jogar o restante do campeonato com estádio vazio. Pode ser que aprendam. Não acho que uma pena técnica (eliminação ou perda de pontos) seja justa. Digo isso mais por coerência que por saber jurídico, pois também achei absurda a decisão do STJD de 2005.  

As evacuações verbais de ontem (31/08) na Arena do Grêmio, não tinham, entretanto, um alvo no campo. Foram manifestações políticas de sócios e conselheiros, adversários da atual direção, que torcem não pelo time, mas pelo quanto pior melhor nesta gestão, que lhes tirou alguns privilégios. Mas isso não será compreendido, e é entendível que não seja por quem não conhece a intimidade tricolor. O que ocorreu ontem haverá de ser somatizado aos lamentáveis acontecimentos do jogo contra o Santos.

E quanto aos profissionais de imprensa engajados. Estes, indiferentes aos canhões de mídia que têm a disposição; que são ouvidos, aceitos e seguidos pelos seus leitores e ouvintes, vivem de criar animosidades, comprimir mandíbulas e fomentar violência entre adversários. Que me poupem de seus arroubos histriônicos.

Como nas revoluções ou guerras, só as inocentes massas de manobras sangram o chão.


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