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terça-feira, 30 de julho de 2013

COZINHANDO COM FRANCISCO


Não sou Flamengo, nem tenho uma nega chamada Tereza, mas moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. (Mas que beleza!).

Chico deve também ter-se agradado de tudo o que viu, e penso eu, as cerimônias ficaram muito bem postas com a moldura da praia de Copacabana.  E assim, o evento que vimos à distância representou adequadamente o maior país católico do mundo, e fez jus ao ilustre visitante. Acho.

De resto, é fácil se apaixonar pelo Brasil e com o Chico não deve ter sido diferente. Somos uma nação multicolorida, clima tropical, gente bonita miscigenada para todos os gostos, sejam mulatófílos ou germanófilos; cristãos e anti, entre outras tantas virtudes default, que inspiraram alguém um dia de nos chamar de florão da América.

O papa encantou a todos.  Tem a cara boa daquilo que nunca poderá ser: avô. Parece ter a firmeza para educar de quem recebeu de Deus uma tarefa divina, de cuja declinou pois abraçou uma causa, para mim anacrônica, que lhe impede: ser pai. Tem a visão social de um líder, mas está restrito as suas jurisdições eclesiásticas, por que em algum momento da nossa história mundial, uns foram para cá, outros para lá. E assim, contrariados e perseguidos resolveram trancar o pé até que a morte os separe. E alguns vão continuar se matando, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. 

Espera-se de um líder que ele seja maior que o espaço físico que ocupa. Não me atreveria a medir, por estranho ao ninho, a dimensão do Chico em relação a sua igreja atual. Mas ouso comparar, pelas referências, em relação ao papado. Ele dá mostras de que sobra na função. É um atento cidadão do mundo com olhar periférico e crítico, e de alma social inconformada.   

Além do que veio fazer e que deve ter feito com eficácia, deixou entre nós, inclusive no terreno árido onde a fé agoniza, minifúndio em que me incluo, um rastro de luz, sabedoria, conscientização e humanismo. E fora água a mais no feijão, sal e óleo onde falta, deixou também uma receita para ser feliz. Ingredientes há em abundância, o problema será harmonizá-los, com a enxurrada de diferenças que brotam do nada, por nada, e apenas por que sim. Mas nisto não estamos sós. 

     




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