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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

GRENAL




Escondido sob a saia da recente festa democrática, eis que aparece um GreNal. É, um GreNal, aquele jogo que antes dividia o estádio ao meio, e que era uma festa para os olhos, ouvidos e que acelerava os corações.

Mal percebi, talvez pela distância, mas no domingo sela-se o destino de um dos dois no campeonato brasileiro. Qualquer  resultado diferente de vitória deixará um dos gaúchos longe da Libertadores, único trunfo que resta para o ano da graça de Nosso Senhor de 2014.

Ah, sim, o Inter ganhou o Gauchão. Bueno, bueno... Como dizia o inesquecível mestre Cabeça, Seu Ênio, ganhar o campeonato Gaúcho é uma bela porcaria. Mas experimente perder!

Enfim, domingo tem GreNal e a comunidade rubra faz festa com o longo período em que o Grêmio não ganha. Prova cabal de que esse confronto é uma competição à parte. Como pouco ainda resta, melhor é ganhar do rival e chegar à frente dele. Já é consagrador.

Time por time, o Internacional é melhor. Tem o meio de campo dos sonhos de qualquer treinador, e um jogador raro; único no Brasil: D’Alessandro. Tem uma defesa frágil, mas recuperaram o juízo ao sacar Dida do gol (desde quando goleiro dispensado pelo Grêmio serve ao Inter?), e um ataque que recebeu o acréscimo – e que acréscimo – do Nilmar. Na minha visão, continua favorito.

O Grêmio, por tudo e por nada, jogará a morrer, e isso poderá fazer alguma diferença.

Mas o que eu desejo mesmo é que as milícias (malditas milícias) se comportem. Há muito não escrevo nada; não falo nada em vésperas de GreNal. E há muito abomino senhores multiplicadores de ódio, principalmente nas ondas do rádio, que armam e incentivam espíritos bélicos, e cito nominalmente dois, em especial: Kenny Braga e Cacalo, da rádio Gaúcha. Anacrônicos. E não percebem isso!

Paz total não vai haver. Não está no DNA moderno do clássico, mas que a guerra seja suave, e de preferência que fique circunscrita às quatro linhas do campo. Se briga houver, que seja pela vitória.


Como disse, estava despercebido do clássico, mas a partir de agora começam as contrações. Domingo, às quatro da tarde, terei dilatação de quatro dedos.

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