Não sou muito fã de musicais porque acho (apenas acho) que o gênero só cabe em teatro. E a maioria é oriunda dos palcos mesmo, como Moulin Rouge, Cabaret e outros menos votados.
Mas Hair tem muitos significados. Uma época de sonhos, saldo de uma juventude transformadora; uma causa humana chancelada pelo lema de Woodstock "make love not war", e um hino. Um hino lúdico de paz e amor, bicho: "Aquarius/Let the Sunshine In".
Quem assiste a esse filme, pouco vai se preocupar com detalhes técnicos da obra. As manobras juvenis e a levada quase artesanal da obra. A temática é sensível demais, tocada pelo clima tenso da guerra. Eram garotos que viviam sob o véu sinistro do Vietnam. O filme toma de assalto o coração do espectador.
Um dos protagonistas, a liderança do grupo, o carismático Treat Williams, aos 71 anos nos deixou faz pouco, há dois anos, e de uma forma sugestiva: acidente de moto.
Recentemente revi Hair. Como o futuro é bem mais curto, resolvi dar uma voltinha no largo tempo dos cabelos longos e calças boca-de-sino.
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