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quinta-feira, 6 de março de 2025

ARGYLLE, O SUPER ESPIÃO

 


Alguém o convida para jantar e você arrisca perguntar "qual o cardápio?", e a pessoa responde prontamente: "lagosta". Aí começa a expectativa de um inesquecível regabofes, certo? Ãrrã! Quando todos sentam à mesa, o anfitrião oferece pastel de lagosta. Bueno, deve ficar bom, mas bem abaixo da expectativa, disso não temos dúvidas.
Você se prepara para ver um filme que tem a linda Bryce Dallas como figura central, tendo como guarnição Henry Cavill, Dua Lipa e Samuel Jackson, entre outros menos votados, mas de naipe para truco. Nem lê a crítica anteriormente aliás, não leio quase nunca, a fim de não me contaminar.
E o filme começa com uma trilha de arrepiar. Barry White e o melhor dele: You Are The First,the Last,my Everything. E lá pelas tantas sampam um Beatles com a baladinha Now and Then, fora o aipo. Mas até chegar aos Quatro cavaleiros do Apocalipse pop você já está se decepcionando com o desperdício.
"Argylle, o super espião" tinha tudo para estourar a banca. Um elenco de respeito, um tema de gosto popular, já que é apresentado como filme de espionagem, no entanto, se perde na sátira, descamba para a comédia e acaba sendo apenas isso. Você só está proibido de sair frustrado, em função da trilha sonora bárbara e da Dua Lipa dançando com Henry Cavill, fazendo uma performance com o impensado passinho helicóptero.
É um filme divertido, mas... poderia ser bem melhor. No entanto, quem escreve e vive de criar personagens em mundos particulares sabe muito bem o que acontece entre o cérebro e os dedos. As vezes, de tanto entrarmos no clima, confundimos as dimensões. A escritora
Elly Conway
(Bryce) mostra muito disso.

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