O título é extremamente atraente e, embora choque com o tema, se insere bem na contexto criado para a obra, e no clima entre os personagens principais. O pano de fundo é a segunda guerra mundial, ano 1940.
Uma família francesa rica é obrigada a hospedar o oficial alemão, Bruno (Matthias Schoenaerts), um sujeito refinado, romântico, que demonstra desconforto com a farda, mas é ciente do dever. Lucille, a mocinha, mora com a sogra controladora, enquanto o marido está no front e a gente não sabe de quem se trata, uma vez que não dá as caras no filme.
Demora um segundo para Bruno sentir-se atraído por Michelle. A recíproca demora um pouco mais, mas é inevitável. E vivem por alguns meses uma discreta, mas intensa, história de amor. Na guerra, porém, há pouco espaço para o amor, e nada de espaço para amor entre antagonistas. Mas amor é amor. Rompe fronteiras, quebra convicções e gera sacrifícios, nem sempre compensados.
Michelle Willians, a Lucille, é uma atriz que parece ter um talento especial para o sofrimento. Sustenta muito bem a carga dramática, e é o expoente do filme, com uma atuação tão boa que a gente não se dá conta de que a sogra é a maravilhosa Kristin Scott Thomas, e muito mais maravilhosa ainda, fazendo apenas um biquinho pra lá de desnecessário, está a usina geradora de suspiros Margot Robbie.
Um bom filme, que Lucille nos conta em playback, vivendo longe do foco trágico dos acontecimentos, e depois que a França retomou a posse do território.

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