Um dedinho de prosa com meus contemporâneos. Não estamos
acostumados, claro, nascemos com estrutura “out”, e falo da quase absoluta
maioria dos amigos que tenho (não vou explicar o “quase” por que tenho alguns
amigos que apenas não se garantem por que não querem se garantir). Mas neste
momento isto é absolutamente irrelevante.
Cinqüenta anos. Quem chegou lá; quem passou por lá e ainda
não fez exame de toque retal, ou está na hora ou passando dela. Não há saída, e
mais hoje, menos hoje, todos nós vamos ter de nos posicionarmos a lá
Napoleão e esperarmos alguns instantes pelo golpe mortal no nosso machismo
imbecil. Trata-se de salvar a vida; trata-se, antes disto, de encaminharmos uma
velhice mais saudável, com dores apenas do tempo, controladas e... Micções
fluentes. Este é um dos prazeres humanos quase nunca relatado.
As mulheres vivem nos dizendo: “deixem de ser frescos, nós
fazemos isto com muita freqüência”. Entretanto elas estão mais acostumadas, tem
plataforma “in” e por isso não servem como referência. Para nós é, sim, uma
violência. Mas que diabos, violência é também arrancar um dente, circuncisão ou
operação de fimose, cortar os cabelos e a barba. E nem vamos falar sobre outros
procedimentos traumáticos ou mais invasivos. Ainda assim enfrentamos.
Não deveria ser tão difícil convencer o homem que o constrangimento
é nada, comparativamente às dores e sofrimentos físicos e espirituais, próprios
e circundantes. É, portanto, tarefa de cada um de nós, via mídia, marketing de rede,
megafone ou “voz do poste” multiplicar o controle desta doença maldita.
Cabe a cada um de nós, mais esclarecidos e/ou mais homens.
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