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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

VERSOS SATÂNICOS 106 – AUMENTO NO LEGISLATIVO






Maior número de deputados, câmara mais eficaz!
Como dizia Cel. Chagas e Silva: “meu nobre rapaz,
... Estão querendo te passar para traz”.

Mas e essa continha esperta, quem faz?
E essa tese sem prova, o que me diz?
Rá! 

Querem multiplicar a força motriz,
E para isso usam os mais diversos ardis.
Uns sutis, outros pueris e entre tantos, esse infeliz,
De secar por via escusa o já sofrido erário.

Engraçado.

Sempre ouço profusões verbais em plenário,
De que o legislativo é um verdadeiro calvário;
E que uma vez eleitos, para Cristos, só falta o sudário.
(Puro exercício vocabulário para compor o cenário)

O cofre que sustenta esses beneficiários
É o nosso, portanto, aumentar o contingente ou diminuir,
Não deveria caber  a eles concluir,  consentir, aderir, ganir.
Nem por bastante haveriam de servir as opiniões a seguir:
Do papa, do  emir, do vizir ou do Jair;
O povão é quem deveria decidir.
Então iríamos ao decreto da plebe, o plebiscito;
Ali não ficaria o dito pelo não dito.
Mesmo que vá gerar conflito, que nos ganhem no grito,
(Só de lembrar eu me irrito).
Esse é sempre o mais justo veredicto.
Por esse direito não derrubamos um regime proscrito?

Antecipo meu voto!

Que aumentem o número de vendilhões,
Sem que sacrifiquemos milhões,
E que não me peguem pelos quadris,
Como  no Último tango em Paris.
Que os atuais servidores varonis
Sejam agraciados em seu pleito estatutário,
Mas que não infeccionem o tumor orçamentário,
Na sofrida rubrica que abriga esse numerário.
𝐎𝐮 𝐬𝐞𝐣𝐚, 𝐪𝐮𝐞 𝐝𝐢𝐯𝐢𝐝𝐚𝐦 𝐬𝐞𝐮𝐬 𝐩𝐫ó𝐩𝐫𝐢𝐨𝐬 𝐬𝐚𝐥á𝐫𝐢𝐨𝐬, 
𝐂𝐨𝐦 𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐯𝐨𝐬 𝐞 𝐯𝐚𝐥𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐞𝐥𝐢𝐠𝐢𝐨𝐧á𝐫𝐢𝐨𝐬.

Assim continuaria a mesma verba,
Independente do número de beneficiários.
Seguiria a mesma merda  
Com todos eles ganhando:
Mandatários, partidários, funcionários...
Voluntários, sectários, mercenários...
Teúdas, manteúdas, e coadjuvantes salafrários...

Mas nós, de fato, sempre carregando o fardo,
Pagando o pato e a pensão dos novos bastardos.

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