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segunda-feira, 22 de junho de 2020

DEBRA PAGET




Pensei muito em Debra Paget a partir do primeiro filme que vi com ela "Love me tender", que contracena com Elvis Presley. Era a estreia dele no cinema e foi o seu maior sucesso. E morre no fim, para o desespero das minhas primas.

Depois vi "Tigre da Índia" e "Sepulcro Indiano" e bem mais tarde, embora fosse um filme anterior "Princesa do Nilo". Só por ela mesmo, os filmes... Belas porcarias.
A paixão era inevitável, mas pensei melhor: "Se a mina mandou um pé na bunda do Elvis Presley, porque não o achava à sua altura, que diria do guri do Portella!". Fiquei na minha e ela com Howard Hughes, o pobre.

Debra Paget não foi um cometa, desses que passam uma ou duas vezes pela tela e desaparecem. Mas quase isso.
Lindíssima! Talentosíssima! Trabalhou apenas 15 anos, de 1948 a 1963, em 36 filmes, como "Os dez mandamentos", entre outros, e deixou marcas profundas na 7º arte, além das paixões frustradas minha e do Elvis. Largou a boca com pouco mais de 30 aninhos, tornou-se uma Cristã-nova e foi criar seu filho japinha.
Quando dançamos juntos em "Tigre da Índia" (faço uma "pontinha" como naja) lembro do Neymar e falo para mim mesmo "Saudade do que não vivemos". Agora... Assistam ao vídeo e imaginem os rubores pudicos das tias assistindo a essa dança, em 1959, quando erotismo era coisa feia!
Debra ainda está entre nós. Vive isolada no Texas, está com 86 aninhos.
Ave, Debra! Morituri te salutant (os mortais te saúdam)

domingo, 14 de junho de 2020

DR, JIVAGO

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A história, os mistérios e a literatura russa me fascinam desde sempre. Ou eu não teria um filho chamado Igor. O último grande livro que li foi Sashenka, do Simon Montefiore e há muito corro atrás de outro e não acho, o "Stalin, a corte do czar vermelho", do mesmo Montefiore, ambos ambientados na revolução bolchevique,
E é de lá, das nuvens de pólvora e cheiro de sangue de 1917 que trago uma lembrança que chegou até nós em 1965: O romance Dr. Zhivago, escrito pelo valente Boris Leonidovitch Pasternak, cuja maratona para ser publicado já mereceria outro romance, uma vez que ousou desafiar a nova ordem instalada na Cortina de ferro, virou filme. Boris foi excomungado na velha União soviética, foi obrigado a recusar o premio Nobel de literatura em 1958 pela obra, e o filme só foi exibido na Russia em 1987, após a dissipação das trevas vermelhas mais densas por lá..

Doutor Jivago, protagonizado pelo egípcio Omar Sharif e Julie Christie. (Há duas Julie contemporâneas: a Andrews e a Christie, uma linda e baixinha, outra alta e não tão linda, mas ambas maravilhosas atrizes).Jivago é uma história de amor trágico, construído na forja de um tempo rude, sanguinário e frio não só pela região que dá cenário à trama.
Lara (Christie) é uma enfermeira jovem, pobre, usada por um crápula amante da mãe, que depois se casa e perde de vista o marido. Vai encontrar Jivago (Sharif), que é um médico aristocrata e casado com a filha do Chaplin, em uma operação de campanha. Se aproximam e se apaixonam... Bem... Isso rende o início de uma linda história, cheia de impossibilidades, com um final amargo e algumas lacrimejadas.
No entanto, a música... A música é daquelas que faz com que a gente feche os olhos e se vá àqueles enormes salões principescos, dança a noite inteira com a dona dos olhos que se cruzaram com os seus, e depois vai para casa valseando com as folhas tocadas por vento. É poesia em partituras.
Tema de Lara não se define. A gente ouve, fica triste e agradece.