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domingo, 14 de junho de 2020

DR, JIVAGO

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A história, os mistérios e a literatura russa me fascinam desde sempre. Ou eu não teria um filho chamado Igor. O último grande livro que li foi Sashenka, do Simon Montefiore e há muito corro atrás de outro e não acho, o "Stalin, a corte do czar vermelho", do mesmo Montefiore, ambos ambientados na revolução bolchevique,
E é de lá, das nuvens de pólvora e cheiro de sangue de 1917 que trago uma lembrança que chegou até nós em 1965: O romance Dr. Zhivago, escrito pelo valente Boris Leonidovitch Pasternak, cuja maratona para ser publicado já mereceria outro romance, uma vez que ousou desafiar a nova ordem instalada na Cortina de ferro, virou filme. Boris foi excomungado na velha União soviética, foi obrigado a recusar o premio Nobel de literatura em 1958 pela obra, e o filme só foi exibido na Russia em 1987, após a dissipação das trevas vermelhas mais densas por lá..

Doutor Jivago, protagonizado pelo egípcio Omar Sharif e Julie Christie. (Há duas Julie contemporâneas: a Andrews e a Christie, uma linda e baixinha, outra alta e não tão linda, mas ambas maravilhosas atrizes).Jivago é uma história de amor trágico, construído na forja de um tempo rude, sanguinário e frio não só pela região que dá cenário à trama.
Lara (Christie) é uma enfermeira jovem, pobre, usada por um crápula amante da mãe, que depois se casa e perde de vista o marido. Vai encontrar Jivago (Sharif), que é um médico aristocrata e casado com a filha do Chaplin, em uma operação de campanha. Se aproximam e se apaixonam... Bem... Isso rende o início de uma linda história, cheia de impossibilidades, com um final amargo e algumas lacrimejadas.
No entanto, a música... A música é daquelas que faz com que a gente feche os olhos e se vá àqueles enormes salões principescos, dança a noite inteira com a dona dos olhos que se cruzaram com os seus, e depois vai para casa valseando com as folhas tocadas por vento. É poesia em partituras.
Tema de Lara não se define. A gente ouve, fica triste e agradece.

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