Seres sem glória, de alma tóxica;
Próximos fantasmas,
Da face autofágica que padece,
E se parte entre espasmos e preces,
Triste, democrática e trágica.
Cenário sujo de negro e cinza,
E de iguais ruídos grisalhos.
Chão de plasmas intransfusos;
Sangues tisnados, confusos
Forjados na métrica do malho.
Fator irmão, de mesmo Deus,
De herança genética fragmentada
Formam polos teimosos de rancor;
Que não são vagos nem distantes;
Que brotam entre nós a cada instante,
Mas a dor, que pulsa, mal sofremos.
Os cacos que se juntam não se ajustam,
E o lego que era lógico se perdeu

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