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sexta-feira, 31 de outubro de 2025

LEGO DISPERSO




Parece vaga a sonoplastia da guerra;
Distante, sem norte, aleatória, Um mundo onde a parte que cresce, E grande parte que se faz, Tem gosto e cheiro de morte.
Seres sem glória, de alma tóxica; Próximos fantasmas, Da face autofágica que padece, E se parte entre espasmos e preces, Triste, democrática e trágica. Cenário sujo de negro e cinza, E de iguais ruídos grisalhos.  Chão de plasmas intransfusos; Sangues tisnados, confusos Forjados na métrica do malho. Fator irmão, de mesmo Deus, De herança genética fragmentada
Formam polos teimosos de rancor; 
Que não são vagos nem distantes;
Que brotam entre nós a cada instante,
Mas a dor, que pulsa, mal sofremos.

Os cacos que se juntam não se ajustam, E o lego que era lógico se perdeu

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