Rosemarie, ou Romy Schneider tornou-se uma das damas do cinema dos anos 60/70, após dura batalha para descolar de si a personagem da mimosa imperatriz da trilogia Sissi. Formou com Alain Delon um dos casais ícones, nas telas e fora delas, por tudo o que representavam para a época, de glamour e beleza física.
Tinha um olhar encantador, de olhos únicos, meio mongólicos, da cor incerta do mar e de expressões variadas de acordo com o momento. Assim como o mar. Dos filmes, "O processo", do romance de Kafka, e "O assassinato de Trotsky" são ótimos e vale muito a pena serem vistos.
"A piscina", de 1969, também é bom, e tem um significa muito especial. Delon e Romy estavam divorciados havia seis anos, e ela estava casada com Harry Meyen. Algo deve ter acontecido nos bastidores durante as gravações que desagradou profundamente o marido dela. Tanto que, um tempo depois, divorciou-se. E mais adiante divorciou-se radicalmente também da vida, enforcando-se.
Consta que Romy jamais tenha elaborado o "pé" que levou de Delon. Acabou ficando mais depressiva após o suicídio do ex-marido, e desintegrou-se como gente com a trágica morte do filho adolescente. Ela já tinha retirado um rim, mas não abria mão dos coquetéis fatais de álcool e estimulantes. Matou-se assim, cedo demais e aos poucos, antes que o tempo fizesse a sua maquiagem macabra.
"A piscina" é um bom filme, e representativo pelas intercorrências que causou. E marca também a estreia de Jane Birkin. Aquela que depois foi gemer com a icônica "Je T'aime Moi Non Plus" junto a Serge Gainsbourg,

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