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quinta-feira, 16 de outubro de 2025

CLAIR

 A música é linda e muito especial. Carrega, no entanto, uma história triste que, de tanto ser explicada pelo autor, acabou se tornando ainda mais perturbadora.

Clair era uma menina de 3 anos, em 1972, filha de Gordon Mills, produtor de Gilbert O'Sullivan e muito amigos. Mas, amigos amigos, negócios à parte. Os parceiros acabaram brigando pelos direitos do portfólio do artista, se separaram, e os assassinos de reputação, presentes desde a primeira mordida na maçã, emplacaram em Gilbert, cujo nome é Raymund O'Sullivan (Ray), o selo de pedófilo, em função da letra da música.
Olhando por esse viés, é claro que a letra se torna perturbadora, mas quando composta "tio Ray" era um amigo muito próximo da família, e encantado com as proezas verbais da pequena Clair.
Clair, hoje uma senhora de meia idade, ao que parece, acabou tirando de letra essa canalhice, uma vez que em um show de 2010, subiu ao palco com tio Ray para cantar a sua música.
A despeito de tudo, curto muito essa música, que me traz à lembrança um barzinho de Porto Alegre chamado Tívoli, e o povo que vivia nele e dele.


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