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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

CORNO PROFISSIONAL




Lendas "sharpeanas 4"

Os apelos do mercado quando se é jovem, recebe bons salários e usa boas roupas é muito atrativo. Sempre foi e sempre será.

A Sharp proporcionava razoáveis benefícios e os garotões não deixavam por menos. Nunca saiam da pista.

Numa oportunidade um colega conheceu uma mulher. Linda e loira, vivendo a vida noturna. Começaram a se relacionar, evoluiu para cliente preferencial, mas a coisa foi ampliando, ampliando, e engataram um caso de alto envolvimento. Todos os horários livres eram dedicados à gastura de energias do moço, cuja capacidade de raciocínio mudara de lugar.

Certo dia ela fez um pedido especial, seria uma grande demonstração de carinho, que naturalmente receberia generosas recompensas. Ela tinha um parente que necessitava emprego. Era vendedor, segundo  ela muito experiente e qualificado, mas estava momentaneamente sem trabalho. Eis o pedido: uma oportunidade de emprego para o parente dela.

O colega conseguiu que o  candidato fosse chamado para uma entrevista, onde se mostrou não muito convincente para a condição que postulava. Mas enfim, tinha certa experiência e acabou sendo aproveitado, muito também em função do esforço do segundo interessado. Mas não havia convicção nenhuma que daria certo, ao contrário, a aposta era outra.

Passaram algumas semanas e nada de venda; um mês e necas. Em compensação, o romance seguia torrando colchões.

Num dos tantos momentos de imersão, o sharpeano, deitado no quarto da namorada que havia saído para fazer algumas compras resolveu mexer em algumas gavetas. Não procurava nada, mas achou algo que mudaria os rumos daquela história. Uma foto de casamento. Nela os fofos protagonistas eram, nada mais, nada menos, que o vendedor da história casando com a namorada da história. Cacete!

Vestiu-se rapidamente e esperou a moça chegar. E foram às necessárias conversas. Chorosas conversas de esclarecimento. Bingo. Era verdade! Pior, o marido sabia e estava de acordo com as condições. Aliás, ele sabia da atividade dela.  

Dia seguinte na empresa o fulano foi chamado para conversar. O diálogo foi mais ou menos este, segundo os autos da história:

- Tu sabes exatamente quem eu sou, não é?
- Sim
- Então sabes com quem eu estou saindo?
- Hum, hum
- Tu não tens vergonha?
- Vergonha é ficar sem dinheiro. Mas fica frio, vamos levando...

Corno profissional! Fim de papo. Foi mandado embora por falta de vendas, mas muito pelo esforço do segundo interessado.

"E a china”? Nunca mais viu. O romance acabou no dia da revelação. Não se pode facilitar.  

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