Nove estatuetas em 1997 jamais podem ser desprezadas. Em especial com Binoche na tela. A primeira tarefa, no entanto, é manter-se acordado, e no início dessa curva dramática, só por ela. Não gosto muito de histórias contadas em flashbacks. Somado a isso, a lentidão da narrativa tem um forte poder sonífero.
Quando o sono é dominado, entretanto, e no meu caso nem demorou muito, dá para perceber os porquês das nove estatuetas. Recentemente revi esse filme, bem acordado desde os créditos iniciais. É uma grande história, com enredo robusto, direção que oscarizou Anthony Minghella e fotografias espetaculares. E show dos protagonistas.
"O paciente inglês" , como era tratado o ferido (Ralph Fiennes) de guerra que chegou à enfermaria de campanha, sem identificação, todo queimado, após ter o seu avião abatido supostamente pelos alemães, vai ser cuidado pela enfermeira Hanna (Juliette Binoche). Estabelecido o link afetivo entre paciente e enfermeira, o ferido relata uma história de amor vivida antes com a linda Katharine (Kristin Scott Thomas), quando furou os olhos de seu melhor amigo. À medida em que vai narrando, algumas "coisas" começam a ficar mais claras. Sempre lembrando que o pior inimigo é sempre um ex-amigo.
É um baita filme, com temas atemporais como amor, traição e guerra. Sensível, romântico, delicado e humano. Vale muito a pena ver ou rever. E caso durma, vai dormir bem. A imagem de Binoche, que nesse filme leva para casa a estatueta de melhor atriz coadjuvante, sempre traz sono bom, embora sonhos um tanto convulsos.
"Et Si Tu N'existais Pas", Juliete?
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