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quarta-feira, 21 de março de 2012

ESTRELA GURIA






Por onde andavas não sei.
Sei que via teus olhos em cada anoitecer
Piscando promessas.

Por onde andavas não sei.

Sei que via teus olhos em cada anoitecer

Piscando promessas.

Sei que andavas por lá, entre Saturno e Mercúrio,

Brincando de contrariedades.

Revia neles teus anéis de fantasia,

Frios, voláteis, incompreensíveis...

E por vezes, um presumível fogo mercurial.

No lapso cósmico e temporal,

Onde ficou o teu jeito de ser menina,

Dormiu meu jeito menino de gostar de ti.

Amar? Eu amava quindins e caldo de cana.

Mas quindins tinham o gosto do teu jeito;

E eu bebia teu riso no caldo de cana fresco.  

Por fim, imagina os sonhos que sonhavas.

Distantes, procurantes... Por certo sem mim.

 

Por onde andavas não sei.

Por onde andas... Sei.

Vejo-te em cada crepúsculo vestida de Dalva,

Piscante e anunciando as promessas

Que jamais prometeste, 

Mas juro por Deus que as ouvi.

Estás lá, coberta de brilhos e me conformo.

Melhor o devaneio juvenil como mortalha,

Arrebatado, puro, tão lindo quanto impossível.

Cumpre pois o teu destino, estrela-guria:

Sempre distante e jamais cadente;

Talvez nunca candente, porque toda estrela é fria.


Um comentário:

cimara disse...

adoreiiii