Por
onde andavas não sei.
Sei
que via teus olhos em cada anoitecer
Piscando
promessas.
Sei
que andavas por lá, entre Saturno e Mercúrio,
Brincando
de contrariedades.
Revia
neles teus anéis de fantasia,
Frios,
voláteis, incompreensíveis...
E
por vezes, um presumível fogo mercurial.
No
lapso cósmico e temporal,
Onde
ficou o teu jeito de ser menina,
Dormiu
meu jeito menino de gostar de ti.
Amar?
Eu amava quindins e caldo de cana.
Mas
quindins tinham o gosto do teu jeito;
E eu
bebia teu riso no caldo de cana fresco.
Por
fim, imagina os sonhos que sonhavas.
Distantes,
procurantes... Por certo sem mim.
Por
onde andavas não sei.
Por
onde andas... Sei.
Vejo-te
em cada crepúsculo vestida de Dalva,
Piscante
e anunciando as promessas
Que
jamais prometeste,
Mas
juro por Deus que as ouvi.
Estás
lá, coberta de brilhos e me conformo.
Melhor
o devaneio juvenil como mortalha,
Arrebatado,
puro, tão lindo quanto impossível.
Cumpre
pois o teu destino, estrela-guria:
Sempre
distante e jamais cadente;
Talvez
nunca candente, porque toda estrela é fria.
Um comentário:
adoreiiii
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