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segunda-feira, 21 de abril de 2025

CONTRATADAS PARA MATAR



Antes de assistir a esse filme, seria interessante saber quem foi Lise Marie Jeanette de Baissac, ou simplesmente Lise de Baissac , ou ainda Louise Desfontaines (o codinome mais marcante dela). Nascida em Marselha (11/05/1905 - 29/03/2004) foi uma heroína, atiradora exímia, membro da Resistência francesa e agente especial do SOE (Special Operations Executive) na Segunda Guerra, órgão criado por Churchil.

Em 1944, quando os Aliados planejavam a improvável invasão ao solo francês tomado pelos nazistas, pela costa da Normandia, um geólogo, peça chave do plano, é ferido, hospitalizado, e está prestes a cair em mãos inimigas. Louise é chamada para liderar um plano de resgate, formando uma equipe de mulheres, que rapidamente treinadas se foram à luta, enfrentando todos os riscos que aquilo representava. E ela foi muito criteriosa na seleção. Todas tinham algum motivo para estarem no front, justos ou interesseiros. Com códigos de honra repassados e acordados (e que nem sempre são cumpridos, dependendo da resistência 
de cada um à dor), saltaram de paraquedas na região ocupada, já abaixo de chumbo. A partir daí seguem o plano, que é conhecido aos poucos, mas com um foco básico:  matar o comandante das tropas invasoras.   

Louise esteve na ativa até a rendição plena dos nazistas e posterior fim da guerra. Viveu 99 anos para ser reconhecida e homenagear suas companheiras de luta. 
O filme é de 2008, com o título de Les Femmes de l’ombre (As mulheres da sombra) e começou a ser gestado a partir do obituário de Lise. 

Eu tenho uma paixão especial pelo protagonismo feminino na história, em especial nas guerras, uma vez para serem ungidas, em um mundo machista, muito em especial em tempos em que só eram lembradas para cama e cozinha, tinham de ser de uma fortaleza ímpar. Assim como Lise, como Lyudmila Pavlichenko (a sniper russa), como as espiãs de Churchil ou como Kathryn Bolkovac (a informante, na guerra da Bósnia), entre tantas outras. 

Vale muito a pena assistir. Destaques para Sophie Marceau (Louise), Moritz Bleibtreu (cel. Heindrich) e Julie Depardieu (Jeanne)

quinta-feira, 17 de abril de 2025

MANHATAN NIGHT

 

Yvonne Strahovski é uma ótima atriz australiana e que me encanta. Acho uma pena não vê-la tão seguido. Linda, loira, tem um olhar e um sorriso com dois dentões de coelho extremamente sedutores. Intimidades a parte, fui vê-la em Manhattan Night, onde contracena com o desengonçado e ótimo Adrien Brody. Bom filme. Mistério do começo ao fim.

Contado pelo protagonista, um jornalista investigativo meia-boca, que em uma noite vadia e chique, troca olhares com uma deusa. Sem perceber que não tem carroceria para carregar tanta areia, deixa-se seduzir pela moça, que é viúva, mas que já fez a fila andar. Algo, no entanto, sobre a morte do marido, um cineasta famoso e fora da casinha, precisa ser descoberto. O cara morre, mas deixa um rastro de vida pra lá de emporcalhado. Com quem diz: "eu me vou, mas vocês não irão me esquecer tão cedo". Não fica muito claro os motivos que a levaram a escolher o jornalista, além da função investigativa, mas que faz com que role prorrogação e pênaltis entre os dois. O fato é que ela o coloca em maus lençóis, mesmo contra sua vontade.

Há vários fios soltos que vão se juntando coerentemente no decorrer do filme. Muitas patologias mal curadas, além de escolhas erradas que custam muito caro aos protagonistas.

Vale a pena ver.


terça-feira, 15 de abril de 2025

A SOMBRA DE STALIN



O título original é "Mr. Jones" e retrata a saga do jornalista galês Gareth Jones, antes do inicio da Segunda Guerra.

Ao entrevistar Hitler, em 1933, voltou ao Reino Unido convicto de que o grande confronto se anunciava´. Por outro lado, desconfiava da propaganda comunista deixada vazar ao Ocidente, sobre um regime de conforto, fartura e atenções com o povo soviético.
Em função dessas desconfianças, aventurou-se a investigar por trás da sinistra cortina de ferro. E foi ele, Jones, o primeiro jornalista a denunciar o 𝐇𝐨𝐥𝐨𝐝𝐨𝐦𝐨𝐫, 𝐜𝐨𝐦 𝐟𝐢𝐜𝐨𝐮 𝐜𝐨𝐧𝐡𝐞𝐜𝐢𝐝𝐚 𝐚 𝐝𝐢𝐳𝐢𝐦𝐚çã𝐨 𝐜𝐫𝐮𝐞𝐥 𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐯𝐨 𝐮𝐜𝐫𝐚𝐧𝐢𝐚𝐧𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐚𝐧𝐢çã𝐨, 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐩𝐨𝐥í𝐭𝐢𝐜𝐚 𝐬𝐭𝐚𝐥𝐢𝐧𝐢𝐬𝐭𝐚. 𝐌𝐢𝐥𝐡õ𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐜𝐫𝐚𝐧𝐢𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐟𝐨𝐫𝐚𝐦 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐟𝐨𝐦𝐞 𝐞 𝐟𝐫𝐢𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝟏𝟗𝟑𝟐 𝐞 𝟏𝟗𝟑𝟑, sob os coturnos comunistas. Por conta de suas reportagens, Jones foi morto pela NKVD (policia secreta soviética), um dia antes de completar 30 anos (13/08/1905-12/08/1935).
O filme tem como curiosidade e muita pertinência, o enlace da trama com George Orwell e seu " A Revolução dos Bichos". O escritor é representado na obra (Joseph Mawle) e aparece em diálogos, bem como há trechos do livro em algumas cenas.
É uma narrativa pesada, que mostra a brutalidade soviética que perpassa os tempos e que vale muito a pena assistir. Estamos hoje a um passo de vermos a Ucrânia passar por um novo holomodor, mas que está sendo vendido bem caro. O pessoal do Kremlin bebe sangue como vodca.

sábado, 12 de abril de 2025

MICHELLE PFEIFFER

 


Michelle é um poema náufrago à deriva buscando um tema; é verso abstrato em um horizonte gramatical de eventos que se consagra como ponto de não retorno, onde adjetivos são tragados pelo buraco negro das insignificâncias. Verso de métrica embarcada que se recusa à rima. Ela é o Verbo que as Escrituras transformaram em carne e que, sintetizando física e química em equação sistêmica, se defini por si: uma singularidade cósmica inatingível.

Não leio Michelle nos versos de Neruda. Também não a percebo nos lascivos de Bukowski ou nos machistas de Vinicius. Talvez pudesse encontra-la entre os ufanistas de Bilac personificando a imensidão da Pátria em um continente de 1,70m ... loira e linda. Talvez.  Por vezes tendo a vê-la na dor de Augusto dos Anjos ou Alan Poe, porque sim, a beleza dói na razão direta de não podermos aprisioná-la, ou que simplesmente o objeto dessa fascinação esteja em outro plano.  Augusto e Poe são intensos, mas mórbidos, parecem encarar permanentemente o abismo, sublimando a relação entre o belo e o trágico. Michelle não pode ser isso.

Quando a vejo em tela, resta-me  agradecer ao Criador que me permitiu dividir com ela o mesmo sol, cumprir séculos iguais, estar presente em sua mesma linha de tempo, embora em mundos paralelos.

Ave, Michelle. Occurremus in caelo

29/04/2001

terça-feira, 1 de abril de 2025

O PACIENTE INGLÊS




Nove estatuetas em 1997 jamais podem ser desprezadas. Em especial com Binoche na tela. A primeira tarefa, no entanto, é manter-se acordado, e no início dessa curva dramática, só por ela. Não gosto muito de histórias contadas em flashbacks. Somado a isso, a lentidão da narrativa tem um forte poder sonífero.

Quando o sono é dominado, entretanto, e no meu caso nem demorou muito, dá para perceber os porquês das nove estatuetas. Recentemente revi esse filme, bem acordado desde os créditos iniciais. É uma grande história, com enredo robusto, direção que oscarizou
Anthony Minghella e fotografias espetaculares. E show dos protagonistas.

"O paciente inglês" , como era tratado o ferido (Ralph Fiennes) de guerra que chegou à enfermaria de campanha, sem identificação, todo queimado, após ter o seu avião abatido supostamente pelos alemães, vai ser cuidado pela enfermeira Hanna (Juliette Binoche). Estabelecido o link afetivo entre paciente e enfermeira, o ferido relata uma história de amor vivida antes com a linda Katharine (
Kristin Scott Thomas), quando furou os olhos de seu melhor amigo. À medida em que vai narrando, algumas "coisas" começam a ficar mais claras. Sempre lembrando que o pior inimigo é sempre um ex-amigo.

É um baita filme, com temas atemporais como amor, traição e guerra. Sensível, romântico, delicado e humano. Vale muito a pena ver ou rever. E caso durma, vai dormir bem. A imagem de Binoche, que nesse filme leva para casa a estatueta de melhor atriz coadjuvante, sempre traz sono bom, embora sonhos um tanto convulsos.

"Et Si Tu N'existais Pas", Juliete? 

quarta-feira, 12 de março de 2025

IRREVERSÍVEL




Monica Bellucci, mesmo estática, transpira sensualidade. Linda, curriculada, poliglota; foi capa de várias revistas e emprestou sua plástica irretocável para grandes grifes de moda e perfume.

É uma mulher de mídia, que morou um tempo no Rio de Janeiro com o ex-marido Vincent Cassel (separaram-se em 2013) e hoje enfeita Portugal. Monica é outra que se queixa que a beleza acabou atrapalhando sua carreira cinematográfica. Mas não. Acho que o seu entrave é justamente uma de suas virtudes: ela posa mais do que interpreta. Nasceu para ser fotografada.

"𝐈𝐑𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐕𝐄𝐋", de 2002, com roteiro e direção do argentino Gaspar Noé é um filme em flashback (começa pelo fim), em que ela contracena com o ex Vincent. O ponto de partida é uma cena crua de estupro, sem os cuidados daquela que ficou gravada na nossa memória de "O último tango em Paris", se a palavra "cuidados" cabe em situações assim. Tensa, cruel e revoltante. É uma obra que vai saindo aos poucos da cabeça. Não se consegue apagar tão rápido imagens tão chocantes, o que significa que foi bem realizada e atinge seu objetivo. Mas só recomendo para quem em estômago forte. O filme é tão chocante, que no dia em que foi lançado, cerca de 250 pessoas abandonaram a sala de projeção.

É um filme que há vinte anos provoca reações controversas e recebeu uma nova versão, esta na ordem cronológica natural, e que ainda não vi. O único esteio a nos mostrar que a vida não é tão horrorosa quanto é o submundo habitado por sub-raças noturnas mostrado no filme, é a imagem de Monica. Assisti a esse filme com nojo e só não tive engulhos também por causa dela.

Quanto ao tempo, ele não destrói tudo; não tudo. Não é de todo irreversível.

HAIR



Não sou muito fã de musicais porque acho (apenas acho) que o gênero só cabe em teatro. E a maioria é oriunda dos palcos mesmo, como Moulin Rouge, Cabaret e outros menos votados.

Mas Hair tem muitos significados. Uma época de sonhos, saldo de uma juventude transformadora; uma causa humana chancelada pelo lema de Woodstock "make love not war", e um hino. Um hino lúdico de paz e amor, bicho: "Aquarius/Let the Sunshine In".
Quem assiste a esse filme, pouco vai se preocupar com detalhes técnicos da obra. As manobras juvenis e a levada quase artesanal da obra. A temática é sensível demais, tocada pelo clima tenso da guerra. Eram garotos que viviam sob o véu sinistro do Vietnam. O filme toma de assalto o coração do espectador.
Um dos protagonistas, a liderança do grupo, o carismático Treat Williams, aos 71 anos nos deixou faz pouco, há dois anos, e de uma forma sugestiva: acidente de moto.
Recentemente revi Hair. Como o futuro é bem mais curto, resolvi dar uma voltinha no largo tempo dos cabelos longos e calças boca-de-sino.



quinta-feira, 6 de março de 2025

ARGYLLE, O SUPER ESPIÃO

 


Alguém o convida para jantar e você arrisca perguntar "qual o cardápio?", e a pessoa responde prontamente: "lagosta". Aí começa a expectativa de um inesquecível regabofes, certo? Ãrrã! Quando todos sentam à mesa, o anfitrião oferece pastel de lagosta. Bueno, deve ficar bom, mas bem abaixo da expectativa, disso não temos dúvidas.
Você se prepara para ver um filme que tem a linda Bryce Dallas como figura central, tendo como guarnição Henry Cavill, Dua Lipa e Samuel Jackson, entre outros menos votados, mas de naipe para truco. Nem lê a crítica anteriormente aliás, não leio quase nunca, a fim de não me contaminar.
E o filme começa com uma trilha de arrepiar. Barry White e o melhor dele: You Are The First,the Last,my Everything. E lá pelas tantas sampam um Beatles com a baladinha Now and Then, fora o aipo. Mas até chegar aos Quatro cavaleiros do Apocalipse pop você já está se decepcionando com o desperdício.
"Argylle, o super espião" tinha tudo para estourar a banca. Um elenco de respeito, um tema de gosto popular, já que é apresentado como filme de espionagem, no entanto, se perde na sátira, descamba para a comédia e acaba sendo apenas isso. Você só está proibido de sair frustrado, em função da trilha sonora bárbara e da Dua Lipa dançando com Henry Cavill, fazendo uma performance com o impensado passinho helicóptero.
É um filme divertido, mas... poderia ser bem melhor. No entanto, quem escreve e vive de criar personagens em mundos particulares sabe muito bem o que acontece entre o cérebro e os dedos. As vezes, de tanto entrarmos no clima, confundimos as dimensões. A escritora
Elly Conway
(Bryce) mostra muito disso.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

A INCRIVEL HISTÓRIA DE ADALINE





O link com Benjamin Button (O curioso caso) é fatal, porém, com a inversão temporal. Para quem não lembra ou não assistiu, Benjamin (Brad Pitt) é acometido de uma anomalia estranha: nasce velho e vai rejuvenescendo.

Já Adaline (Blake Lively), após um acidente de carro durante uma tempestade nos anos 20 do século passado, fica entre a vida e a morte e é reanimada por um raio. Esse fenômeno transforma a vida de Adaline, faz com que pare no tempo. Ou seja, ela que tem 29 anos, é fadada a viver eternamente com essa idade. Sonho de consumo? Vai vendo. O peso dos anos funcionando na contra mão tornou-se insuportável. À época da realização do filme, 2015, teria perto de 100 anos, mas com carinha e corpinho de 29. Sem filtros ou apps.

Na seleta de carmas, ela, que tem uma filha pequena, é obrigada a acompanhar seu desenvolvimento à distância e a vê-la envelhecer. Seus entes queridos, um por um, vão morrendo, sem que ela não possa sequer se despedir, somente chorar escondida. De tempos em tempos é obrigada a trocar de identidade, a fim de manter-se no anonimato. Até 2035 que, segundo alertado pela própria produção, o enigma haverá de ser desvendado.

O filme é uma ficção inteligente, que nos põe a pensar sobre o mistério que nos atormenta desde que nos demos por gente: a finitude da vida. E talvez uma reflexão contábil sobre a longevidade. Creditamo-nos de tempo, mas assistimos partir nossos afetos. Enfim, diferentemente de Benjamin Button, que me deixou desconfortável, vi em Adaline um romance sensível, emotivo e muito bom de assistir. Demora um pouco a esvaziar o disco.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

AVE, ENNIO.



Hora de permanecer nos bastidores e prestar reverência ao mago dos sons; àquele que fazia a voz das cenas sem texto.

Ennio Morricone, o gigantesco compositor e arranjador italiano de mais de 500 trilhas sonoras entre cinema e TV, deu hoje seu último acorde por aqui, aos produtivos 91 anos. Há quatro anos (2016) conquistou seu último Oscar pela trilha de "Os oito odiados", do Tarantino.
Tendo associado seu nome no início a Sergio Leone e seu estilo western spaghetti, que a Academia olhava de viés, talvez não tenha sido percebido logo de cara. Com o tempo e algumas obras incontestáveis depois, junto com Clint Eastwood, que em 2007 lhe entregou um Oscar honorário por suas múltiplas e magníficas contribuições ao cinema, ultrapassaram os conceitos clássicos dos gabaritos hollywoodianos e não pararam mais de conquistar prêmios.
Há dois sentimentos quando parte uma estrela desse porte, no tempo em que se foi. Primeiro um lamento pela finitude da vida e segundo outro lamento pela finitude da vida. Só não percebo perda, uma vez que a sua obra, florida de partituras por mais de 60 anos de carreira o manterá vivo.

Ennio partiu em novembro de 2022, mas deixou sons eternos. Ave, Ennio!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

MULHERES ADIANTE DO TEMPO



Alguém, não sei quem, pela primeira vez disse a frase/sentença: "essa é uma mulher muito à frente do seu tempo". E uma vitrine dourada para isso, quando o mundo ameaçava a se globalizar foi Hollywood. Uma dessas mulheres, Hedy Lamarr, atriz e inventora austríaca, cheia de virtudes físicas e intelectuais, que conquistou Hollywood, o mundo e retirava suspiros do velho Portella. Linda, talentosa e dona de um QI extraordinário.

Mas Mae West (08/1893 - 11/1980) é mais antiga e vivia de traduzir em palavras claras, sentimentos e desejos latentes, e alguns inconfessáveis para a pudica/hipócrita sociedade americana. Divirtam-se com os pensamentos dela:
“Quando sou boa, sou muito boa, mas quando sou má, sou melhor ainda”
“Uma mulher só precisa de quarto animais na vida: uma raposa no armário (estola), um tigre na cama, um Jaguar na garagem e um burro para pagar tudo isso.”
"Querido você está com uma lanterna no bolso ou isso é uma declaração de amor?"
“O amor vence tudo exceto pobreza e dor de dente”.
“Eu mesma escrevi a história. É sobre uma menina que perdeu a reputação e jamais sentiu falta dela”.
“Entre dois pecados, eu escolho um que eu ainda não cometi”
“O que conta não são os homens em minha vida, mas a vida em meus homens”
“Claro que meu amante pode confiar em mim. Eu disse a ele que centenas já confiaram.”
“Subtração aritmética é deixar com 2 dólares um homem que tem uma nota de 100.”
“O casamento é uma grande instituição, mas eu não estou preparada para as instituições”.
“Entre dois males, escolho sempre aquele que nunca experimentei”.
“Quando as mulheres erram, os homens vão atrás”.
“Errar é humano, mas faz você se sentir divino”.
“Você nunca será muito velho para ficar mais novo”.
“Garotas boas vão para o céu, as más vão para todo lugar”
“Nunca amei ninguém do jeito que amo a mim mesma.”


quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

SOMBRAS DO PASSADO



É uma história e tanto! Laços familiares intrincados, mal resolvidos em tons cinza-chumbo. Iris é uma advogada competente, com um filho autista, que exige muito zelo e sua total prioridade.

Circunstancialmente na casa de sua mãe, o chão ameaça se abrir sob seus pés, ao descobrir, também circunstancialmente, a existência de um suposto irmão. Ray, o suposto irmão escondido pela mãe, também é autista e está em prisão perpétua em uma clínica, condenado por duplo assassinato. Mas a história toda não é bem assim. Ao conhecer o suposto irmão, Iris desenvolve a certeza de que ele é inocente e então vai fundo na trama que é muito mais complexa e feia do que se anuncia. A intrigante cicatriz de queimadura que a mocinha tem na região lombar ajuda a desvendar um dos mistérios.

Desempenho espetaculares da protagonista (Angela Schijf) e do suposto irmão Ray (Fedja van Huêt) que empresta uma autenticidade magnífica ao personagem autista. É importante ligar-se nos atores, uma vez que há outros filmes com esse título. Os países baixos andam produzindo obras maravilhosas.

Gostei muito do filme. Pequenos pecadílhos no roteiro não deslustram o desempenho dos personagens, nem a história de desfecho comovente, que foca aspectos importantes do TEA e da resiliência de quem convive com ela. O do sofá fica ligado de créditos a créditos.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

BAGAGEM DE RISCO


Uma levada meio 007 ou Missão impossível, sem os efeitos especiais dos dois, e as que há não são convincentes. Assim é o "Bagagem...", filme que a Netflix pulveriza na mídia como top. Não achei tudo isso, embora atenda as promessas de ação e suspense.

O herói sai do ostracismo, onde vive a mesmice de uma função burocrática com segurança no aeroporto, para salvar o mundo, mercê de habilidades inicialmente impensadas para o personagem. Isso depois de ser chantageado para que permita embarque de uma maleta misteriosa. E às vésperas do Natal, com toda balbúrdia de um aeroporto, no caso superlativo, o de Los Angeles (fake). E com a namorada grávida! E mais: caiu de gaiato na chantagem que nem era para ele, para nossa sorte.
O filme deixa algumas pontinhas para serem amarradas, mas cumpre a tarefa de prender a atenção até o fim, além de mostrar gente bonita. Sofia Carson, ainda que mostrada em doses homeopáticas, enche as medidas. E Taron Egerton, que pelo visto se encaminha para ser o novo James Bond, pelos papéis que tem assumido, atendendo a linhagem britânica do personagem famoso.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

ALICE: SUBSERVIENCE


Você que está sempre atento às modernidades tecnológicas, que já dispensou o controle remoto porque, afinal, se ainda não basta apenas pensar para as coisas estarem acontecendo em casa, por certo que em algum dispositivo digital tem um app para realizar tarefas, se ligue na dica. Eu não gosto muito do tema. Inclusive, mal consigo me relacionar com a Alexa e andamos estremecidos. No entanto, por curiosidade, fui assistir "Subservience".

Conta a história de um marido dedicado, com uma filha fofa e uma esposa doente, quase terminal. O cara não consegue lidar com as coisas de casa, da criação da filha, do trabalho e da esposa doente. A saída sugerida foi a aquisição de um robô que, segundo a propaganda, faria todas as tarefas de casa e ainda cuidaria da criança. Custo benefício maravilhoso. O cidadão então se foi às compras junto com a filhota, e deixou que ela mesma escolhesse o protótipo. E assim foi foi feito.

Acontece que o robô, um humanoide, foi orientado a servir ao dono incondicionalmente e interpretar suas vontades. E o que é pior, mas bota pior nisso... ou talvez nem tanto: o robô era a Megan Fox. Rá! Em determinado momento a máquina acionou o modo boneca inflável e a vaca foi para o brejo. E piorou quando, a partir de um ato falho do patrão, ela assumiu o livre arbítrio. Bah!

Bueno, é um filme de ficção, óbvio, mas não sei se não se junta um pouco de comédia, muito de drama e suspense, e até um terrorzinho meia boca. Está disponível no Prime

Acabei gostando. Até fiz as pazes com a Alexa.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

O PREÇO DA VERDADE

 


Robert Bilott é um advogado ambiental americano de CincinnatiOhio. Bilott é conhecido pelos processos contra a DuPont, a saber uma das maiores  indústrias do mundo,  em nome dos queixosos feridos por lixo despejado em comunidades rurais na Virgínia Ocidental. Bilott passou mais de vinte anos a trabalhar contra o despejo perigoso dos produtos químicos ácido perfluorooctanóico (PFOA) e ácido perfluorooctanossulfônico (PFOS). Fonte Wikipedia.

Pois suas façanhas, no início tidas como quixotescas no ambiente jurídico americano dos anos 80, onde arriscou sua carreira, família e a própria saúde, acabaram vindo à tela em um filme produzido e interpretado por Mark Ruffalo, no papel do protagonista. É um filme que deve ser visto e reflexionado por todo mundo, não como obra de arte, mas como um documentário. Trata-se de algo que faz parte do nosso dia a dia, que é o uso do teflon, subproduto do PFOS  em utensílios domésticos, e seus efeitos sobre a saúde. Pesquisando em sites confiáveis a gente descobre: para que o Teflon se fixe no metal da panela, ela passa por várias etapas de cura em altíssimas temperaturas, acima de 400 graus. (Uma panela de pressão ferve a 120°, mas eu não arrisco).  

O filme conta com um elenco de peso, como Anne Hathaway, Bill Pullmann e Tim Robins, entre outros, todos, entretanto, com pouca relevância na dramatização, uma vez que a história é focada quase na íntegra nas ações do protagonista, que impôs severas derrotas à gigante DuPont. Cabe, porém, ressaltar a atuação fantástica do veterano Bill Camp no papel do fazendeiro que deu causa a todas as ações. 

Bob Bilott, cuja origem profissional era defender justamente indústrias químicas,  tem hoje 59 anos e continua firme, com algumas sequelas, em sua luta pela saúde ambiental. 




terça-feira, 26 de novembro de 2024

ESTRELA-GURIA

 


sexta-feira, 1 de novembro de 2024

TEMPO DE COLÉGIO


 

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

DEBRA PAGET






Conheci Debra Paget. no filme "Love me tender", estreia do Elvis Presley como ator e que acabou sendo o seu maior sucesso cinematográfico. E eu duvido que quem tenha assistido a esse filme, tenha esquecido daquele rosto extraordinariamente lindo, fincado em um monumento de 1,57m.
Revi o filme que, apesar de envolver guerra e do final melancólico, tem uma temática juvenil. E uma música maravilhosa. Depois fui ver outros trabalhos dela, alguns bem marcantes. "Tigre da Índia", "Sepulcro Indiano" e a "Princesa do Nilo", só por ela mesmo, os filmes... Belas porcarias. Em "Os dez mandamentos" (o filme é uma verdadeira constelação), onde é Lilia, ele tem um diálogo maravilhoso com Josué, em uma relação de amor criada para robustecer o filme.

"Josué: Água antes do amor, minha menina. / Lilia: É preciso o Nilo inteiro para matar sua sede?/ Josué: Não, apenas seus lábios". E aqueles olhões amazônicos fosforecendo em Cinemascope!. Segundo a Bíblia é fake, mas é lindo.
Debra Paget não foi um cometa, desses que passam uma ou duas vezes pela tela e desaparecem. Mas quase isso. Lindíssima! Talentosíssima! Trabalhou apenas 15 anos, de 1948 a 1963, em 36 filmes e deixou marcas profundas na 7º arte, além de paixões frustradas, como do Elvis. O rei do rock se atirou logo de cara e teria pedido a moça em casamento durante as filmagens de "Love me tender". Levou um pé, porque os interesses da mocinha estavam focados nos, digamos, "recursos físicos" do senhor Howard Robard Hughes Jr, a saber, o Elon Musk da época. Debrinha sabia onde queria amarrar seu bode, sem grandes sacrifícios ou exposições midiáticas ingratas.
Foi atriz desde os oito anos e queria largar o jogo assim que as coisas se acomodassem, o que carece de maiores explicações. E largou com pouco mais de 30 aninhos, mesmo com uma carreira cheia de holofotes promissores à frente. Tornou-se uma Cristã-nova e foi criar seu filho de olhinhos puxados, fruto de seu casamento com um magnata chinês. Olha aí o bode cada vez mais bem amarrado da Debrinha.
Em o "Tigre da Índia" (faço uma "pontinha" no filme como naja, tenho provas) está deslumbrante. Assistam ao vídeo e imaginem os rubores pudicos das tias assistindo a essa dança, em 1959, quando erotismo era coisa do anjo caído, ou trabalho de linha preta largado na esquina, que baixava só em mulher-dama.
A musa ainda está entre nós. Vive isolada no Texas curtido as cordas com que amarrou seus burros, e já passou dos 90 aninhos.
Ave, Debra! Morituri te salutant (os mortais te saúdam)





SARITA MONTIEL - La violetera



Não sei bem se foi "La violetera" que catapultou sua carreira. Como cantora, ela já era um fenômeno no final dos anos 50. E linda, muito linda!

O certo é que não dá para lembrar dela sem lembrar desse filme, um musical romantizado, que leva o nome da canção imortalizada por ela, e dirigido pelo fantástico ítalo-argentino Luis César Amadori. Nesse filme, a pobre vendedora de flores em frente ao teatro, que tem como recurso de mídia sua voz de ouro, acaba seduzindo um rapaz rico (Raf Vallone) que depois vai se ver aos pulos para fazer com que sua família a aceite.
Mas isso é para conferir no filme, que há muito não revejo, mas está na pauta. . Pois bem. A espanhola María Antonia Alejandra Vicenta Elpidia Isidora Abad Fernández, para os íntimos e para o mundo apenas Sarita Montiel, viveu 85 anos (morreu em 2013) e passou a vida derrubando, com suas duas espingardas carregadas de esmeralda, engatilhadas entre os cílios, a fina flor dos galãs de Hollywood.
Há pelo menos uma passagem cômica entre as suas relações que foi vivida com Gary Cooper, com quem fez par em "Veracruz", em 1954. Ela não falava inglês e uma de suas falas era a seguinte:
- Do you want to fight with me and mine for my people? (Você quer lutar comigo e com os meus por meu povo?).
A bela, entretanto não pronunciou certo "fight" e saiu algo parecido com "fuck". Ao que Gary teria respondido
- "YES!" , com todo o entusiamo cabível.
E, de fato, os dois viveram uma linda história de amor, que depois se transformou em uma grande amizade até a morte do ator em 1961.
Sarita foi uma boa atriz, mas como cantora era top de linha. Maravilhosa!


VIRNA LISI


 

A morte de uma estrela mexe com o universo. Cria o tal buraco negro, circundado por uma energia cósmica chamada de ponto de não retorno, que suga tudo para seu núcleo. Nessa fronteira teórica, sumidouro espacial, mergulhamos todos, súditos inconformados, com a morte de Virna Lisi.

Virna tinha o rosto perfeito. Tudo tão certinho, tão no lugar que até poderia parecer sem graça. Foi, seguramente, um dos rostos mais lindos da época de ouro do cinema. Tão linda que chegou a reclamar por sê-lo, pois a impedia de disputar alguns papéis de relevância.

Participou de 80 filmes e recebeu vários prêmios, porque, enfim, não era só aquele rosto lindo, maravilhoso, insuperável na telona. Ela tinha talento.
Assistir a seus filmes, no entanto, nos impunha, ao menos a mim empunha, um esforço especial nas as tomadas fechadas. Precisava fugir do estado hipnótico ou não entenderia o enredo. Só fui perceber que era uma grande atriz quando a desfiguraram. Em "Rainha Margot", de 1994. Conseguiram desfazer todo trabalho que o Criador levou 6 dias para fazer com extremo capricho.

Nesse filme, Virna deu vida à feiosa Catarina de Médici, rainha consorte da França, mãe de 10 filhos, sendo que três deles reis. Foi tida como a mulher mais poderosa da Europa do século XVI. Precisaram desfigurar a musa para que a gente prestasse a atenção na trama. Então deu para perceber roteiro, direção, fotografia e o resto.

Virna entrou em colapso gravitacional em 2014, indo morar com as outras


MATA HARI


 

A primeira Mata Hari foi levada para o cinema em 1927, pela famosa (?) Magda Sonja, uma atriz austríaca que teria feito laboratório para compor a personagem em sua própria atividade, já que era do ramo. Nunca tinha ouvido falar nela até me interessar pela personagem enigmática, que fez história na primeira guerra mundial como teúda e manteúda dos generais e, supostamente, espiã ambidestra. Foi sob essa acusação e identificada como sendo a agente "H21", criada pela paranoia até que justificada pelos cagaços bélicos, que enfrentou o pelotão de fuzilamento em 1917, aos 41 aninhos.

Não vi o filme com a tal Magda, mas tive o que considero um clássico em uma fita VHS, com a Greta Garbo, perfeita no papel. Greta por si só já era uma esfinge imperscrutável, também à frente da sua época. Depois vi a versão com aquela moça de sorriso sensualmente invertido, a Jeanne Moreau, e com aquela outra cujo pôster eu coloquei no banheiro, despois que filmou Emanuelle: a Sylvia Kristel. Ambas não atavam o espartilho da Greta. Mas houve outras grandes atrizes que interpretaram a personagem, como Doris Day e Marlene Dietrich, cujas não assisti. Ao todo somam mais de 10 versões.
No entanto, li várias publicações sobre a controversa história da cortesã Margaretha Gertruida Zelle, holandesa que por sua beleza emoldurada por longos cabelos negros e talento, se jogou no mundo em preto e branco de então como uma princesa e dançarina javanesa chamada Mata Hari. Até Paulo Coelho se interessou por ela que, por tudo e na época em que ousou, tornou-se um símbolo da ousadia feminina. Ou deveria ter se tornado, uma vez que não leio nada de relevante sobre ela escrito por mulheres. "Cortesã? Sim. Traidora, jamais!', teria dito quando de sua condenação, em uma época que ser puta ou morta para a sociedade era a mesma coisa.
Gostaria de ver outra versão, com os recursos atuais. E acho que a atriz Eva Green ficaria perfeita no papel.

AVA GARDNER



Ava Gardner é uma entidade. Uma esfinge. O animal Jean Cocteau a classificou como “o animal mais lindo do mundo”. Já Hemingway, que proibiu a criadagem de trocar a água da piscina em que ela nadou pelada, foi mais sutil: "Ava é a essência da feminilidade que mulheres, em geral, não sabem passar para os homens”. Ava não negociava muito, quando gostava, botava o buçal e firmava as rédeas.

No entanto, ela não foi só uma derrubadora de queixos masculinos, onde se enfileirou a fina flor dos galãs de Hollywood, entre os quais "The old blue eyes" Frank Sinatra. Este comeu o pão amassado pelo anjo caído. Foi um casamento que se finou após várias trocas de guampas, três tentativas de suicídio dele e dois abortos. Ainda assim, os biógrafos contam que foram os grandes amores da vida de cada um. Separaram-se no ano em que Frank interpretou alguns dos motivos que levou o casal à cisão, no filme "Chorei por você" (o filme do All the way), enquanto ela vivia o "O sol também se levanta", romance do Hemingway.
Avinha não era flor. Não podia ver um pelego felpudo que já se deitava.
Há vários, mas cito ao menos três filmes dela que valem a pena rever. "Mogambo" , sua única indicação ao Óscar, onde ela divide abraços, beijos e as orelhas de abano do Clark Gable com a princesa Grace Kelly; "As neves do Kilimanjaro" e "A noite do Iguana", onde contracena com Richard Burton. Aliás, neste filme, Burton, que faz o papel dele mesmo, está cercado por Ava, Sue Lyon (a eterna Lolita) e Debora Kerr. Liz Taylor, que conhecia a aldeia e os caboclos, esteve acompanhando de perto as filmagens!
Ava foi uma atriz acima dos seus atributos físico. Teve uma filmografia vasta e exigente, e parcerias de luxo no currículo. E soube usar, como poucos mortais, a carcaça (e que carcaça!) emprestada em comodato pelo Criador.
A música do clip é do filme Love Story, na voz do Andy Willians, mas ficou muito bem neste tributo. Afinal, a vida de Ava foi uma história de amor.

ÂNSIA DE AMAR


 

Ann-Margret Olsson. Sueca, linda, bailarina, atriz extremamente talentosa, com uma filmografia extensa. Tinha a sensualidade como marca registrada, espalhada em um universo de 1,60m, que contemplava olhos, boca, voz e sua farta cabeleira ruiva... Que, a bem da verdade era morena, mas isso só os íntimos souberam.

Ann foi parceira nos primeiros filmes de Elvis Presley, com quem, dizem, teria dividido os pelegos durante as filmagens de “Viva Las Vegas”, e de quem se tornou grande amiga para sempre.
Em 1963 foi convidada a cantar na festa de aniversário privada do presidente Kennedy, como Marilyn Monroe, um ano antes. Mas não saiu de dentro de um bolo, nem consta que tenha sido ela a fatia do homenageado.
Em 1978, Ann foi a escolhida para interpretar a personagem Sandy Dumbrowski no filme “Grease, nos tempos da brilhantina”, um dos que marcou a época das discotecas. Porém, com 37 anos, não se sentiu à vontade para interpretar uma adolescente do ensino médio. Então, Olivia Newton-John foi escalada, porém, com uma alteração: a personagem foi renomeada para "Sandy Olsson". Uma homenagem a Ann, cujo sobrenome de batismo é Olsson.
Um filme imperdível com ela: “Ânsia de amar”, de 1971, obra da palheta do poderoso Mike Nichols, quando a diva divide as cenas e é premiada como coadjuvante, com Jack Nicholson e a muito mais que diva Cândice Bergen. A curiosidade é que o amigo, companheiro de quarto e confidente de Nicholson no filme é o sr. Art Garfunkel (o da voz maravilhosa parceiro do Simon), elogiadíssimo no papel introvertido dele mesmo. Um filme que mexeu com os nervos pudicos e cínicos da sociedade americana de então.

TARAS BULBA


 

Christine Kaufmann quase se consagrou como a princesa Natalia Dubrov, em Taras Bulba., quando contracenou com o então queridinho de Hollywood Tony Curtis. Depois foi para prorrogação e pênaltis com ele, que tinha acabado com mais um dos dois casamentos mal resolvidos com Janet Leigh. Na época ela tinha 18 aninhos.

Crhis e Tony ficaram casados por 5 anos, o tempo suficiente para emplacar dois rebentos, ou duas: Allegra e Alexandra.
Christine não decolou na carreira cinematográfica, mas foi ser uma empresária muito bem sucedida no ramo de cosméticos, escreveu livros sobre beleza e foi posar nua aos 54 anos para a Playboy, época em que foi chamada de a vovó mais linda da Alemanha. Nos deixou faz pouco, em 2017, aos 72 anos.
Taras Bulba foi um épico de 1962, baseado bem de longe no romance de 1835 de Nikolai Gogol, que é um pouco mais velho do que nós, por isso não lembramos dele. Conta uma história de amor, vivida com um pano de fundo bem atual: uma guerra nas estepes, quando os polacos recorreram aos cossacos ucranianos, na época, aos tapas contra o império otomano. Dizia-se que o futuro da Europa estaria sendo decidido em 1835. Pelo visto...
O crédito do filme vai para o senhor Taidje Khan, a saber, o nome que Yul Bryner adotou, em função da sua descendência mongol. O careca está gigantesco, nem parece que tinha 1,70m.
Quem gosta de épicos está proibido de não ver, ou rever este filme. Tem imagens e trilha sonora lindíssimas. como linda era a Chris. O Tony mais ou menos.