A primeira Mata Hari foi levada para o cinema em 1927, pela famosa (?) Magda Sonja, uma atriz austríaca que teria feito laboratório para compor a personagem em sua própria atividade, já que era do ramo. Nunca tinha ouvido falar nela até me interessar pela personagem enigmática, que fez história na primeira guerra mundial como teúda e manteúda dos generais e, supostamente, espiã ambidestra. Foi sob essa acusação e identificada como sendo a agente "H21", criada pela paranoia até que justificada pelos cagaços bélicos, que enfrentou o pelotão de fuzilamento em 1917, aos 41 aninhos.
Não vi o filme com a tal Magda, mas tive o que considero um clássico em uma fita VHS, com a Greta Garbo, perfeita no papel. Greta por si só já era uma esfinge imperscrutável, também à frente da sua época. Depois vi a versão com aquela moça de sorriso sensualmente invertido, a Jeanne Moreau, e com aquela outra cujo pôster eu coloquei no banheiro, despois que filmou Emanuelle: a Sylvia Kristel. Ambas não atavam o espartilho da Greta. Mas houve outras grandes atrizes que interpretaram a personagem, como Doris Day e Marlene Dietrich, cujas não assisti. Ao todo somam mais de 10 versões.
No entanto, li várias publicações sobre a controversa história da cortesã Margaretha Gertruida Zelle, holandesa que por sua beleza emoldurada por longos cabelos negros e talento, se jogou no mundo em preto e branco de então como uma princesa e dançarina javanesa chamada Mata Hari. Até Paulo Coelho se interessou por ela que, por tudo e na época em que ousou, tornou-se um símbolo da ousadia feminina. Ou deveria ter se tornado, uma vez que não leio nada de relevante sobre ela escrito por mulheres. "Cortesã? Sim. Traidora, jamais!', teria dito quando de sua condenação, em uma época que ser puta ou morta para a sociedade era a mesma coisa.
Gostaria de ver outra versão, com os recursos atuais. E acho que a atriz Eva Green ficaria perfeita no papel.
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