Powered By Blogger

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

SABRINA


Julia Ormond é linda. Uma morenaça de olhão cor de mar profundo, ar de permanente espanto e com notas de Julliete Binoche, destinada a fazer filmes em que é disputada por irmãos, parentes ou amigos. Ela foi nos anos 90, definitivamente, a pupila do olho a ser furado.

No remake de "Sabrina", ela tem uma tarefa difícil: precisa reviver o papel de Audrey Hepburn de 1954. O time de veteranos tinha um peso enorme, a saber: além da Audrey, Humphrey Bogart e Willian Holden!
A personagem Sabrina é um patinho feio, filha de um empregado de família poderosa, que ousa apaixonar-se por um dos filhos dos patrões. Um playboyzinho à toa. Para livrá-la do sofrimento e do fiasco, papai manda filhinha embora para Paris respirar outros ares. Mas ninguém vai morar em Paris à toa. Eis que, alguns anos depois de patinho ficar boiando no Sena, o que retorna é um lindo e emplumado cisne real. Uma Sabrina com banho de Cidade luz, totalmente repaginada.
O playboyzinho, seu ex, entretanto, está prometido em um casamento conveniente para salvar a família à beira da falência. Para não falar em "braguetaço", digamos que ele não era um noivo, era um arras. O moleque, porém, não consegue recolher o queixo derrubado aos pés da nova Sabrina e quer desistir do negócio. Então entra em campo o irmão mais velho. E como sempre, Indiana Jones (Harrison Ford) resolve as coisas tomando para si as decisões. A nossa Sabrina, entretanto, é irresistível e o malandro velho acaba descobrindo que também tem queixo de vidro.
As duas versões são ótimas e dignas de serem vistas ou revistas. Na mais antiga, porém, Audrey canta "La vie en rose", e aí bacudo, cabe à Julinha ir para a primeira fila e aplaudir. As comparações vão para o brejo.

Nenhum comentário: