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sábado, 12 de outubro de 2024

ADVOGADO DO DIABO


 Antes de qualquer julgamento, é preciso dar-se conta de que "Advogado do diabo" é uma metáfora. Uma reflexão sobre se vale a pena vencer a qualquer custo; ou até onde se pode investir nos fins, a despeito dos meios; ou deixar que a "virtude" preferida do primo Lúcifer, a vaidade, segundo o próprio, seja a nossa bússola.

O obsceno anjo caído, muito bem representado por Al Pacino, traz várias mensagens, não só para os operadores do direito que atuam do lado de cá do balcão, foco da trama.
"Advogado do diabo" é um bom filme, mas atenção às sutilezas do enredo, afinal, "o diabo mora nos detalhes", a gente sabe disso mais por velho que por diabo.. Sem isso, poderá passar por um filmezinho de terror de quinta categoria, ou uma paródia jurídica de sexta. Prestando a devida atenção, todos os efeitos alegóricos passam a fazer sentido. Como a brilhatura especial da fala, quase um monólogo, magnífica no final, quando papai belzebu se declara ao filho, e à sutileza finíssima dos cabelos/penteado da meio irmã, na hora da sedução final e tentativa de preservação da espécie.. Pacino enche as medidas. E o que também enche as medidas, as minhas medidas são Connie Nielsen e Charlize Theron (ambas são de fazer um acordo o primo). Completa o time titular, o jovem Keanu Reeves, que tem a tarefa ingrata de dialogar entre os lençóis com as duas beldades. O pobre! .
Apesar de algumas cenas medianamente aterrorizantes, não é uma trama de terror. Tudo não passa de um lapso de tempo, onde o julgamento maior não está no martelo do juiz, mas na consciência.
A trilha sonora vai de Frank Sinatra a Rolling Stones, mas não é o melhor deles.

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