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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

LOS ANGELES - CIDADE PROIBIDA



Ao afundar, "Titanic" levou quase todos os prêmios aos quais foi indicado, faturou milhões e colocou-se entre as melhores obras do cinema de todos os tempos. Deixou, no entanto, à deriva "Los Angeles - Cidade proibida", que passou para a história como um bom filme de 1997, indicado a nove óscares.

"LA...", na verdade é um filmaço que, tivesse sido lançado um ano antes ou uma no depois de Titanic, teria levado para casa boa parte das estatuetas, e não só estaria figurando entre os clássicos de seu gênero.
O enredo conta sobre o submundo glamoroso de Los Angeles, dos anos 50, pós prisão de Mickeiy Cohen, o chefe mafioso do porte de Capone e Luciano, que dava as cartas e jogava de mão por lá. Um submundo que ia da camada pré-sal às Três Marias, conspirando, democraticamente, com todos os gêneros, classes e profissões, temperando com bebidas mal havidas, drogas múltiplas, assassinatos no varejo e no atacado, e prostituição. Neste último quesito, uma forma diabolicamente genial de exploração de mercado: fazer com que as prostitutas de luxo se tornassem parecidas com atrizes de ponta da época, nem que para isso o bisturi fosse chamado. E assim, Kim Bassinger foi ser Verônica Lake para os fetiches de plantão, embora eu concorde com Bud White (Russel): "Ela é muito melhor do que a Verônica". Fetiche é fetiche, mas aposto que até a Verônica queria uma boca igual a da Kim.
As ações são comandadas por três policiais de perfil diferentes. Um com mania de super star (Kevin Spacey), outro brutamontes (Russel Crowe) e um certinho (Guy Pearce), que se enredam, se esbofeteiam, mas só no fim irão descobrir que por mais fora de padrão que sejam, não são o pior da policia.
Cenas memoráveis, enredo excelente, roteiro muito bem encaixado, diálogos ótimos e algumas atuações de luxo. Um filme para sábado, com bebidas bem havidas.

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