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sábado, 12 de outubro de 2024

TAXI DRIVER



Scorsese e De Niro são uísque e barril de carvalho. Ou vinho da mesma pipa, e ambos, juntos, parecem brindar com sangue.

"Taxi driver", de 1965, é uma obra catalogada na galeria eterna dos grandes clássicos. Travis Bickle (De NIro) é mais uma "vítima sobrevivente" da Guerra do Vietnam. Um misantropo que não encontra conforto no mundo que o acolheu em seu retorno. Sua patologia social e complexos são alimentados diariamente, usando como veículos a insônia e um táxi, com o qual trabalha. Mais transita à toa de madrugada pela periferia de Nova Iorque do que trabalha.
( A fim de compor o personagem, De Niro trabalhou em um taxi por 15 horas seguidas, durante quase um mês, tendo sido reconhecido apenas uma vez.)
O que move Travis é sua luta contra o declínio moral do mundo. Entretanto, suas horas vagas são preenchidas assistindo filmes pornográficos. Não consegue estabelecer uma relação sólida com ninguém que viva fora de seu mundo e suas verdades.
Então, por acaso, percebe alguém. Uma mulher próxima do que idealizou e se interessa por ela. Trata-se de Betsy (Cybill Shepherd, a "gata"), vai ao assédio e ela é receptiva. Até convidá-la para ir ao cinema. Por óbvio que a leva a assistir um filme do seu gosto, e por mais óbvio ainda que leva um "pé".
O maníaco Travis ao final ganha status de herói, ao salvar Iris (Jodie Foster), uma prostituta adolescente de um cafetão. Jodie tinha 12 anos, à época e teve de ser representada por sua irmã mais velha, por questões legais. Mas ali foi o start de sua carreira.
“You talkin’ to me?” ("Você está falando comigo?"). Frase para a posteridade de Travis para o espelho, empunhando um colt 45.

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