Falar sobre Lawrence da Arábia não é para amadores, portanto, fico cá, depois de rever o filme pela ...ésima vez, pálido de espanto. Sir Peter O'Otoole encarna um personagem histórico do reino unido, de uma forma tão soberba e impressionante, que mal dá para perceber que no restante do elenco tem Antony Quinn, Alec Guiness e Omar Shariff, entre outros das categorias de base. O filme conta a vida, um trecho dela, de Thomas Edward Lawrence, um tenente britânico na I Guerra. Além de militar, foi arqueólogo, diplomata e escritor, tendo como obra de destaque "Os sete pilares da sabedoria".
Lawrence havia sido enviado à Arábia Saudita, a fim de negociar com o príncipe Faiçal, a parceria árabe/britânica na Revolta árabe contra os turcos otomanos. É contada em flashback, a partir do seu velório, ocorrido em um acidente vulgar de motocicleta, na Inglaterra.
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O filme foi rodado na Jordânia e no Marrocos, com temperaturas beirando os 50º e tem quase 4 horas de projeção. Mas não é pelo tempo de duração que é considerado um dos maiores clássicos de todos os tempos. Tem a batuta de David Lean, que além da capacidade diretiva, tem um bom gosto enorme para trilha sonora. Composta pelo talento do maestro Maurice Jarre, o mesmo de Tema de Lara, para dizer o mínimo, a música é daquelas que se gravam em memória randômica. Passa-se o resto do dia e o seguinte, resmungando, assoviando e bocejando a música.
A morte de Lawrence, aos 46 anos, sozinho na estrada, perdendo o guidão da motocicleta, depois de todos os horrores passados na guerra é uma bizarrice do destino. Mas ele não morreu em vão. A partir desse acidente, ocorrido em 1935, motociclistas começaram a usar capacetes, por sugestão do neurologista que atendeu Lawrence.
É imperdível!
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