Um gato angorá, desses bem felpudos, ao atravessar os trilhos teve seu rabo decepado pelo trem. Chocado com a perda, voltou para apanhar o que perdera, e teve a cabeça decepada pelo vagão. Moral da história: por um bom rabo se perde a cabeça.
"Instinto Selvagem", de 1992 é um baita filme, para quem gosta do gênero., embora olhado de viés pela crítica. Foi o salto na carreira de Sharon Stone, que a bem da verdade não se confirmou como uma grande atriz, entretanto... cruza as pernas como ninguém. E foi um divisor de águas nas cenas quase explícitas de sexo em "filmes sociais". Antes de Stone, que Michel Douglas achava inexpressiva, foram cotadas Kim Basinger, Julia Roberts, Greta Scacchi, Meg Ryan, Michelle Pfeiffer, Geena Davis, Kathleen Turner, Ellen Barkin e Mariel Hemingway e Demi Moore, que rejeitaram porque aquilo não era papel para moça de família.
O filme trata de uma escritora que gosta de fazer laboratórios arriscados e viver as páginas que escreve, ao limite. E já desde do início mostra a que veio, ou seja, um casal experimentando algumas fantasias que vão de galopadas frenéticas, mãos amarradas, orgasmos temperados com esguicho de sangue pela jugular, provocado por uma penetração inesperada: um picador de gelo. Um crime que passa a ser investigado pelo detetive metido a esperto, que se apaixona e não desvenda nada. Aliás, investigação como um todo é de araque. Ora, teste de DNA, que já era um recurso disponível, nem pensar? O autor do romance se desculpou pela falha, e o roteirista, que poderia corrigir, também chupou bala.
Bueno, de qualquer forma é um filme bem feito, intenso e cativante, do início ao fim. Teve grande bilheteria e até tentaram dar uma sequência, anos depois, que foi um fracasso total.
Nenhum comentário:
Postar um comentário