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sábado, 12 de outubro de 2024

O FUNDO DO MAR



"No começo eu era sempre escalada como a namorada. Foi um longo tempo antes de eu começar a fazer personagens que eram pessoas".

Óbvio. Se algum mortal lúcido e de bom gosto fosse pensar em uma namorada, Jacqueline Bisset obrigatoriamente haveria de estar na comissão de frente. Ora... Então ela queria ser apenas "uma pessoa"?
Observem, por exemplo, o olhar dessa moça. Celestial, o que não significa que não dialogue também com o anjo caído. Encara-la deve ser algo como tomar sorvete na rua no verão de Uruguaiana.
Jacq nunca casou e também não tivemos filhos, apesar do rastro sangrento de corações despedaçados que deixou pelo caminho. Mesmo perto dos 80 aninhos dá um bom caldo. Continua linda, charmosa, sempre seletiva, tanto para filmar como namorar. E rica, rica, rica de marré deci. Milionária, mercê daquilo que, segundo ela, tem de melhor: a cabeça. Ora...
Há bons filmes para ver com ela, onde podemos lavar os nossos olhos, como "A noite americana", "Aeroporto", "Cassino Royale" e... "O fundo do mar".
Em "O fundo do mar", romance do mesma escritor que levou às telas o best "Tubarão", ela está mortal. A costa das Bermudas, lugar onde se passa a trama, nunca mais foi a mesma depois de 1977. As criaturas sinistras das profundezas que costumavam fazer desaparecer aviões e navios por ali, estão para todo o sempre vulcanizadas, tentando compreender a magia de uma camiseta molhada, fato que levou o produtor do filme Peter Guber a dizer: "Aquela camiseta me fez um homem rico" . É um filme de aventura, ação, suspense, tendo sido rodado 30% embaixo d'água.
Os tons de azul esverdeado da obra se confundem entre o céu e o mar convencionais, e o céu e o mar que a mocinha carrega entre os cílios.
Porque hoje é sábado vou rever, abraçado em um negrão chileno de sobrenome francês, da família Sauvignon, ou Merlot ou Carmenérè... Ou todos.

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