Em solidariedade à Kelly McGillis pensei em não assistir o revival de "Top gun", mas enfim, não resisti. Paradoxos temporais são sedutores demais.
E é o que o novo filme é: um paradoxo temporal, com direito a ajustes de rota do protagonista, e uma homenagem ao Val Kilmer (Ice), que luta contra o câncer na garganta, referido no filme. E atende ao desejo do então tenente Mitchell (Maverick), que ao final do primeiro filme, por seu feitos podendo escolher o que fazer, disse que queria ser instrutor de voo. E me deu vontade também de ter 30 anos de novo.
"Top gun 2" é, como o primeiro, um filme para ver sábado à tarde, com chimarrão e pipoca. Um enredo levezinho; uma disputa de beleza entre marmanjos, para ver quem é o bambambã, Se no primeiro tínhamos como enfeite o olhão, bocão e cabelão da Kelly e uma trilha sonora fantástica, neste segundo temos o olhar celestial e extremamente sedutor da Jennifer Connelly, mas na trilha sonora, nada igual a "Take my Breath Away".
"Top gun - Maverick", como seu antecessor, é uma espécie de vídeo game daqueles antigos, de caçar aviãozinho inimigo, tipo River Raid, da Atari. Mostra que o tempo não abalou fisicamente o baixinho Cruise, que desta vez deve ter descartado o sapato de salto que usou para ficar à altura da Kelly (ela é 10cm mais alta que ele).
De resto, é um resgate midiático, e para contemplar o desejo de quem lá nos anos 80 se deixou embalar pela música, pelos aviõezinhos ziguezagueando e pelo avião loiro que sumiu, pouco tempo depois. Enfim, mais mídia do que filme.
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