Cada vez que assisto a esse filme, e jΓ‘ o fiz vΓ‘rias vezes, muito por πππ, mas tambΓ©m pelo tema altamente sensΓvel e atΓ© recorrente, paro no tempo com tudo e tenho vontade de beber vinho. Ok, isso tenho vontade sempre, mas eu me refiro a tomar um porre, daqueles de miar em guarani. Choca e nos remete a situaçáes reais; a introjetar o drama.
Sentimento de mΓ£e Γ© algo que eu respeito. Um filho Γ© um pedaΓ§o tirado de dentro de si, que tem o cordΓ£o cortado, ganha o mundo, mas o vΓnculo... esse Γ© indestrutΓvel. PerdΓͺ-lo deve ser como uma dor fantasma., a mais sofrida delas. Agora imaginem a mistura de sentimentos quando, dez anos depois de uma suposta perda, esse filho reaparece do nada Γ sua frente? O vulcΓ£o adormecido entra em erupção.
"Nas profundezas de um mar sem fim", de 1999, nΓ£o Γ© apenas um filme, Γ© um tutorial de dor e esperanΓ§a, com uma atuação maravilhosa de Michelle e de Ryan Merriman, no personagem do filho no retorno. Michelle Γ© a mΓ£e que perde o filho para o nada e a dor dessa perda se realimenta diΓ‘ria e paradoxalmente pela esperanΓ§a jamais perdida. Ao reencontrΓ‘-lo, esses sentimentos transformam-se na paciente reconquista do filho, na sua ressocialização com a famΓlia, enquanto tenta tambΓ©m sepultar os efeitos colaterais do trauma
Se ainda nΓ£o assistiu vai lΓ‘. NΓ£o perca.
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