Joe E. Lewis foi cantor e comediante americano, segundo Sinatra, um dos melhores artistas do seu tempo.
Anos 20, época da Lei seca e Joe trabalhava para uma boate de Chicago patrocinada por nada mais nada menos que Al Capone e dirigida por um dos seus capangas, o senhor Jack McGurn, conhecido pelo apelido fofo de "Machine Gun Jack" (Jack metralhadora) . Ao se recusar em manter o contrato, e ir cantar em boate rival, Lewis foi punido. Punição adequada para a época bárbara: teve as cordas vocais cortadas, o que seria uma espécie de morte em vida para Lewis, que vivia da voz.
Sua história rendeu um livro, e foi mais tarde comprada por Sinatra que a transformou em filme independente, protagonizado pelo próprio Frank no papel de Joe, com a batuta pesada do diretor Charles Vidor.
"The Joker is Wild" foi traduzido por aqui, não literalmente, como "Chorei por você". O filme é especial por contar a trajetória de vida e profissional do astro Joe E. Lewis, e para mostrar que titio Frank não era somente "The voice" ou "The old blue eyes". Tinha talento interpretativo.
Não é um filme fácil de ver, já que foi rodado em 1957 e só existe em preto e branco, mas é um baita filme, com roteiro muito bem encaixado, diálogos maravilhosos e de humor mórbido. A cena final ficou gravada na minha memória desde a primeira vez que assisti ao filme, no fim dos anos 60: o dialogo de Joe com sua imagem na vidraça, com uma mensagem atemporal: "you make others laugh. make yourself laugh (você faz os outros rirem. faça você mesmo rir)"
E mais: a eterna e imortalizada pelo Frank "All the way", que deve figurar na playlist de todos os que gostam de música, foi lançada concomitantemente ao filme e, óbvio, recebeu Óscar de canção original.
Mas atenção: é filme para tannat com vários cubos de gorgonzola.
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