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domingo, 13 de outubro de 2024

GILDA


Hollywoodianos costumavam definir a senhorita Margarita Carmen Cansino, que atormentava os nossos sonhos sendo Rita Hayworth, como a atriz mais bonita da fase de ouro do cinema. Por mim, ela e outras do mesmo naipe estavam acima dessas medidas triviais. Enfim... Plástica e talento à parte, Rita era também dançarina de flamenco, o que por si só já provoca um tipo selvagem de sedução.

"Gilda", de 1946,dirigido por Charles Vidor, um dos tantos em que a diva tortura Glenn Ford, é icônico. Rita está tão "mortal" nesse filme que teve o nome de sua personagem colocado em uma bomba atômica, dado por cientistas americanos no Atol de Bikini, na famigerada e catastrófica Operação Crossroads. Gilda é um clássico que sempre vale a pena rever, seja pela interpretação da diva, seja para ficar com pena do Glenn. E para render-se à verdade brutal do quanto a beleza pode produzir dor. Dói à proporção de nossa impossibilidade de possuí-la.
Rita tinha um rosto perfeito. Olhos fatais, por vezes fora de eixo, que produziam um olharzinho meio São Leopoldo - Novo Hamburgo. "A maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo". Disse ela, cinco casamentos depois!
O vídeo, com "Can't take my eyes of you" (não consigo tirar meus olhos de você - óbvio), uma trilha dançante, mostra momentos em que o Verbo se faz carne e enfeitiça, e a inércia se vulcaniza, Quem nunca abriu ou fechou um baile resmungando "I love you, baby..."?
Até Michelle sabe que "nunca houve uma mulher como Gilda"...

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