É um filme icônico, com um elenco digno das oito estatuetas que arrebanhou. Burt Lancaster , Montgomery Clift, Deborah Kerr, Donna Reed, Frank Sinatra , Ernest Borgnine... Intrigas, rusgas, "guerrilhas íntimas" próprias de um confinamento, a espera de algo ainda não dimensionado, e que viria por ampliar o espectro da II Grande guerra.
Na base de Honolulu estão soldados americanos; homens destemidos, sem noção de limites e perigos. Tanto que sargento Warden (Burt) resolve tirar uma lasquinha da senhora Holden,(Débora) furando o olho do seu comandante. E a demais soldadesca se vendo aos pulos com o sadismo implacável do sargento Fatso (Borgnine). Quem nunca sentiu raiva de Ernest Borgnine? Um gênio.
Enquanto isso, os japiinhas preparavam o terrível ataque a Pearl Harbor de dezembro de 41, na tentativa fracassada de aniquilarem a frota naval americana. A trágica resposta veio tempos depois: os cogumelos genocidas de Hiroshima e Nagasakii. Cogumelos que hoje mal serviriam para enfeitar um estrogonofe, caso as feras mal contidas sobre a neve, ultrapassarem a linha tênue que as separa do juízo. O mundo atual está a um passo da eternidade, e alguns não se dão conta.
Bueno... O filme, é de 1953, ou seja, os corpos ainda nem tinham esfriado, e deixou para a eternidade, além do suposto passo, a cena de Burt e Kerr, deitados com seus corpos sendo roçados pelas rendas do Pacífico, para o estarrecimento das tias. É antológica e trespassa os tempos.
No anos 80 rodou uma mini série sobre a obra, com Natalie Wood e Kim Bassinger, para ficar só no que importa, mas nem elas se salvaram.
Se tu não tens um arquivo que possa chamar de "Clássicos inesquecíveis", vai lá e abre. Coloca esta obra ao lado de "O poderoso chefão", "E o vento levou"; "Casablanca", só para ficar nos do pódio.
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