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sábado, 12 de outubro de 2024

HER





A Alexa, por vezes me dá a impressão que é mais um símbolo machista mal disfarçado. Aprisionaram uma mulher, cujas habilidades são programadas unicamente para nos servir, e o faz com competência e de acordo com o nosso agrado. Não sei como as gurias do feminismo ainda não contragolpearam com um "Jarbas" ou "Charles". "Jair" já tem, mas é a pilha, e só para tarefas leves.

Alexa é o alter ego das obsoletas secretárias eletrônicas e um passo além da "Siri" e da "Cortana". (Reajam, gurias)
Penso nisso desde que revi "Her", com o desempenho monumental do Joaquin Phoenix. Joaquin já tinha "destruído" em "Johnny & June", que relata sobre a conturbada vida do homem de preto Johnny Cash. Em "Her", faz o papel de Theodore, divorciado, solitário e carente que, possuído por sérias patologias espirituais, desenvolve uma profunda relação de afeto com uma assistente virtual, a "Samantha", de voz linda e sensual, como linda e sensual é a dona da voz: Scarlett Johansson que, por óbvio, Theodore só imagina. O filme, sob a batuta refinada do prod0tor e roteirista Adam Spiegel (Spike Jonze) teve cinco indicações ao Oscar. Ganhou um.
Theodore e Samantha viveram felizes, mas só por um tempo. O filme mostra que pessoas podem evoluir, mas a tecnologia o faz muito mais rapidamente, em especial, caso possa dispor de sua própria inteligência artificial.
Por fim, foi forte demais para o Theo aceitar que a nossa Sam também estivesse apaixonada por outras 641 pessoas. Afinal, ela era um sistema operacional. É um filme que mistura temas como drama, ficção científica, com notas de humor. Tudo com bom gosto e em dosagens corretas. E atenção para os sutis toques filosóficos.
Karen O, que interpreta a música "The moon song", é uma coreana/americana com uma vozinha de travesseiro. Miada, mas apaixonante.

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