Assisti as duas leituras hollywoodianas de Camile Claudell, a saber, uma escultora francesa genial; uma mulher muito à frente da época em que viveu (1864 a 1943). Foi pupila e amante de outro "monstro" das artes, Auguste Rodin. A história conta, no entanto, que o moço não foi monstro só das artes.
Camile, lutou várias lutas, todas inglórias, flutuando entre a resiliência e a resignação. Primeiro a rejeição da mãe, que queria um filho homem em seu lugar; depois para se firmar em uma profissão proibitiva para mulheres. Lutou para decantar um pouco de amor, na relação abusiva que sofria com o amante; lutou contra a inveja e as manipulações de seu irmão Paul Claudell que acabou por interna-la arbitrariamente em um hospício, onde viveu por 30 anos, até morrer esquizofrênica, pobre e obscura. Sua obra só foi reconhecida mais tarde.
"Camile Claudell", filme de 1987 teve a linda Isabelle Adjani e sua boca enfeitiçada a la Jeanne Moreau, mas com arco-de-cupido bem desenhado, no papel principal. Ela e Gérard Depardieu (Rodin) levam os Oscares de protagonistas. Estão estupendos! Este é um filme que vale a pena ver. Até para se revoltar um pouco.
A segunda versão, já sem Rodin, Camile é representada por Juliette Binoche, e se passa já com ela internada no hospício, vivendo o inferno de sua esquizofrenia paranoide. Não gostei da proposta. .Essa versão só vale para passar colírio nos olhos com a imagem de Binoche, mesmo posando de louca e desarranjada.
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