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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

CYRANO




Hector Savinien de Cyrano de Bergerac (1619-1655) é um personagem fascinante história literária francesa. Tanto pelo que criou, como pelas lendas que o acompanham.

Escritor, visionário e poeta, mas também guerreiro e duelista. Teria duelado mais de mil vezes, muitas pelo deboche sobre sua aparência. É como se tratava o bullying antes dos cuidados necessários de hoje, alimentados por algumas frescuras e exageros. Cyrano era muito feio, com um nariz enorme e complexado por isso. Morreu cedo, mas não em duelo ou por causa disso. Morreu por consequências de um acidente, aos 36 anos.
O filme é uma aventura romântica. Trata da história escrita por Edmond Rostand, cujo tema central é a paixão desmedida de Cyrano pela prima Roxane, que o via como um irmão super protetor. E do poder das palavras na arte da sedução. Poesia, reflexões, frases espirituosas, por vezes exacerbadas, mas pontuais,, fazem parte da aula de conquista que Cyrano oferece ao seu rival, o abostado Christian, para que conquiste sua amada Roxane. Uma versão da história diz que Christian, o abostado, é o mesmo barão de Neuvillette, companheiro de batalha de Cyrano, que acaba desposando a bela Roxane.
Sua vida foi levada às telas algumas vezes, sendo incorporado por José Ferrer, Gérard Depardieu e Steve Martin, mas sempre acho que lhe falta justiça. Ferrer foi oscarizado em 1950, já Depardier só não foi em 1991, porque a concorrência com Jeremy Irons (Reverso da fortuna), De Niro (Tempo de despertar) e Costner (Dança com lobos), era pesada demais. Esse duelo foi perdido, mas continua digno de ser revisto. Quanto a versão com Steve Martin é uma paródia cômica. Trata de um Cyrano vivendo no século 20..
Ainda não assisti a nova versão que ficou pronta em 2021, com o ótimo Peter Dinklage, o baixinho de Game of Thrones. Aqui se invertem os complexos: sai o tamanho do nariz, entra o nanismo do protagonista. A crítica é boa, mas quem dá bola para ela?

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