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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

CASABLANCA



"Casablanca", de 1942, não é apenas uma obra magnífica por ser rico em frases que se eternizaram. Também não ficou famosa pela música que, se nunca saiu da cabeça de um renegado como o Rick Blaine, proprietário do "Café Rick" (café de fachada), como haveria de sair da nossa? Por fim, não é porque tem uma musa como Ingrid Bergman, contracenando com aquele que foi eleito pelo Instituto Americano do Cinema como o maior ator de todos os tempos, o feioso Humphrey Bogard. Não é por nada disso individualmente, que vamos colocar esse filme na cinemateca dos sonhos. É mais. Casablanca é um filme rico por tudo isso junto.

Não se deve comparar histórias diferentes, mas se eu pudesse votar no melhor romance já filmado, Casablanca seria o meu escolhido. É uma trama quase que totalmente gravada em estúdio, ambientada entre as tensões da Segunda Grande Guerra, vivida no Marrocos, território controlado pela França, onde se reencontram Isa e Rick, antigos amantes nos tempos de Paris. Ela e o atual marido pertencentes a resistência antinazista e Rick, apenas um gerente de bar, atormentado de lembranças e, teoricamente, neutro em relação a guerra, mas que facilitava o trânsito de armas, camufladamente.
Entretanto é extraordinário o clima mágico que se mantém entre eles. Provavelmente, o resultado dessa magia tenha sido o motivo do segundo divórcio de Bogard, com a ciumenta Mayo Methot.
O detalhe curioso é que para nivelarem as faíscas de olhos nos olhos, o baixinho Bogard teve que usar sapatos de solado especial para dançar e subir em caixotes, a fim de ganhar alguns centímetros.
Além dos protagonistas, outra presença marcante é a do ator Claude Rains, que vive o capitão Louis Renault, que antes do "The end" ouve de Rick "Louis, acho que este é o começo de uma bela amizade".
"As Time Goes By" (conforme o tempo passa). Passa, mas deixa suas pegadas nas linhas de tempo do corpo e do espírito. ("E quanto a nós?" - "Nós sempre teremos Paris")



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