Passei um bom tempo da vida profissional tentando demonstrar que em negócios não se produzem amigos; que o distanciamento crítico é importante e no mais das vezes, decisivo. Porém, se amizades acontecerem, melhor ainda.
Pois o profissional Hunter Doherty "Patch" Adams, um médico americano que certamente foi treinado (e não quis aprender) sobre a importância de manter a distância "saudável" em relação aos pacientes, acabou revolucionando os tratamentos, estreitando as relações, levando carinho, amor e bom humor aos leitos, alguns terminais. Sentimentos que são adjuvantes preciosos às praticas e tratamentos médicos, segundo entendimento dele.
"Patch Adams - O amor é contagioso" não chega a ser um filme biográfico, nem extraordinário como obra, do qual o próprio enfocado não gostou, pela superficialidade. No entanto, é um filme lindo, sensível, estimulante e necessário, justamente nesta época em que mais temos ido aos consultórios.
E é uma homenagem ao ser humano que é o Dr. Adams, vivo e com apenas 76 anos. Robin Willians está magnífico no papel.
Em um primeiro momento, o Dr. Adams dizia antipatizar com o ator por ter se prestado ao papel, ganhado milhões e não ter doado nenhum centavo às suas instituições. Porém, foi reconhecer logo depois que nenhum outro ator poderia representá-lo melhor e reconheceu também o maravilhoso trabalho social que Robin apoiava.
Robin Willians era dependente químico, sofria de depressão e de uma doença degenerativa, somente descoberta após o seu suicídio. Foi um grande ator e também filantropo.
"Você prefere terminar a vida, com alegria, coisas legais e humor, ou continuar a desgraça que é morrer, na tristeza, na ruindade?" P.A
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