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sábado, 12 de outubro de 2024

UMA LINDA MULHER




O filme lançou Julia Roberts na constelação hollywoodiana, em 1990. Já Richard Gere, que nos enchia o saco desde 1975, mas invadiu de vez a nossa pista em 1980, com "Gigolô americano", teve que ser convencido a contracenar com a desconhecida.

O filme é uma comédia romântica levíssima, apaixonante, com uma trilha sonora à altura. O empresário Edward Lewis (Gere), de Nova Iorque, vai a Los Angeles tratar de negócios. Convida a namorada para acompanhá-lo, mas ao invés de ir, ela lhe manda um pé na bunda.
Em Los Angeles após finda uma das reuniões programadas, sai com o carro do sócio para dar um bordejo e acaba na zona. Lá encontra Vivian (Roberts) , uma profissional do sexo que, vendo a dificuldade do moço em dirigir o carro, toma o volante do Lotus Espirit. (O curioso é que Julia, então com 21 anos, ainda não tinha carteira). Edward se encanta com a linda, carismática e desenvolta prostituta. Como tinha levado um "pé", propõe contratar os serviços de Vivian para o papel da namorada, naquele final de semana, condição que não foi aceita, mas que seria renegociada. Não foi preciso recorrer a Nostradamus ou à Mãe Diná, para descobrir que o negócio sucumbiria ao amor. E acabaria apaixonando o mundo pelo casal.
A leveza resultante da obra tem muito a ver com a incrível química entre os dois protagonistas. O que era para ser um drama, acabou em comédia e selou para sempre a amizade entre Gere e Roberts, muitas vezes confundida com paixão. Além da adequação no gênero, o título também foi trocado no roteiro adaptado. Deveria ter sido "Três mil dólares", que era o cachê da garota de programa, pelo final de semana.
Há cenas memoráveis, como o choro de Vivian assistindo a ópera "La traviata" (pela identificação); a declaração de amor dela cochichada, quando pensa que ele está dormindo, um dente realmente quebrado de Edward na troca de porrada com o sócio, e a cena final, quando o mocinho, que tinha medo de altura, sai do teto da limusine e sob o edifício pela escada de incêndio.
Por fim, Roy Orbison quebra tudo com a sua "Oh, Pretty Woman". Uma canção de 1964 e já premiadíssima à época do filme.



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