Suzzane Pleschette tinha o olhar dúbio. Ora sorvete de pistache quando terno, ora bomba de rúcula quando enfezado. Mas abstraindo doçuras e hortaliças tinha olhos incríveis. Uma versão juvenil de Liz Taylor. Tinha uma carinha angelical, que dava os ares daquela namoradinha platônica do colégio das irmãs, contrariando o timbre de voz grave, que a mantinha longe de papeis mais ternos.
Dos filmes marcantes dela destaco três. "Os pássaros, do Hitchcock, "Um clarim ao longe" e "Candelabro italiano". Esses dois últimos filmes renderam prorrogação e pênaltis com o borracho Troy Donahue. Casaram, mas a união parece que se esvaiu entre "carreiras brilhantes" e garrafas de uísque . O casamento foi um porre que durou de janeiro a setembro de 1964.
"Candelabro italiano" é um aguinha com açúcar bem ao gosto dos anos 60, quando a mocinha vai para Roma buscar sarna para coçar. Mais vale pelas lindas imagens de Roma, pelo olhar matador da imprudente Prudence e, claro, por "Al di la", que eu ainda não sei exatamente o que quer dizer. Mas é bom de rever e dar uma cochilada, vez por outra, sem perder nada do enredo óbvio.
"Al di lá", no filme é cantada por Emilio Perícoli e Betty Curtis, mas interpretada por Connie Francis tu vais a Roma.
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