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sábado, 12 de outubro de 2024

OS GIRASSOIS DA RÚSSIA

 




"Não acredite em nada do que você ouve e apenas na metade do que você vê" - Edgar Allan Poe, poema "O corvo".
Giovanna seguiu à risca. Não acreditou nas informações oficiais e se foi à Rússia em busca do marido Antonio, desaparecido desde o fim da segunda guerra. E achou! A questão é: sabe aquela máxima que diz que às vezes é melhor amar uma lembrança e, se for o caso, até viuvar por ela? Pois então...
"Os girassóis da Rússia", de 1970, é um romance lindo, suave, com imagens maravilhosa da então Cortina de ferro pouco conhecida no ocidente, com seus campos pintados de verde e amarelo. Soma-se a isso uma trilha sonora que, só de ouvir, dá vontade de passar o inverno na Sibéria.
Sophia Loren é Giovanna, Marcello Mastroianni é seu marido Antonio, o desaparecido que, por gratidão à sua salvadora deixou que a fila andasse, e Ludmila Savelyeva, a salvadora, era a senha nº 1 da fila. Esta, uma russinha linda que já tinha brilhado em "Guerra e paz" anos antes, e em "Girassóis...", consegue a façanha de furar os olhos da Sophia.
O filme ainda tem duas assinaturas de peso: Henry Mancini na trilha e Vittório De Sica na direção. Mas atenção: se você gosta de Pablo Vittar, Anitta ou MCqualkerkoisinha não ouça.

Tenho feito postagens sobre o tema "Rússia", porque sei, ou desconfio, ou tenho a esperança de que ela seja bem mais do que Putin e os filhos do Putin que pisoteiam os girassóis e empestam as neves.

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