Powered By Blogger

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

A HISTÓRIA DE NÓS DOIS




A HISTÓRIA DE NÓS DOIS

Não acredito em retornos. Profissionalmente, via de regra, é como tentar soluções antigas para problemas novos. E afetivamente não sei, nunca tentei, e tenho convicção de que, se algo houve que tenha conseguido romper um sentimento, é porque a causa da ruptura foi maior. Quebra-se o espelho e as tentativas de conserto só servirão para mostrar figuras caricatas. Ademais, penso o seguinte: "quando a mão abre a porta e os pés se vão embora, a cabeça já se foi há horas".
"A história de nós dois" é um drama romântico, meio comédia, ou um "Love Story" com final feliz. Um filmezinho de 1999, leve, sem Oscar ou grande mídia, mas se nos introjetarmos na trama, acaba se tornando bem mais do que isso. É uma metáfora da vida em comum
Ela (no caso "dela" não se trata de um inexpressivo pronome pessoal. Eu a classificaria como um adjetivo superlativo), Michelle Pfeiffer é Katie, casada com Ben (Bruce Willys), que vivem às turras, sem conseguirem vencer as dificuldades de uma relação de quinze anos, com dois filhos adolescentes.
Resolvem seguir o caminho dos trilhos, ou seja, apartados, porém, em função das crianças, unidos por robustos dormentes. Tentaram resolver pelo lado mais cômodo que, obviamente, em função do que sentiam um pelo outro, que também fazia parte dos dormentes, seria muito mais difícil.
Pois o resultado da ópera é este: havia um sentimento forte, que valia a pena tentar uma solução. Que fosse à exaustão, mas compreensivamente, sabendo que o tempo e suas circunstâncias conspiram permanente e amplamente contra o que fomos um dia. Acho que sabemos que amor não é um fim. É uma resultante de paixão e outros temperos, que se fortalece por admiração, carinho e respeito, na ordem que quisermos colocar, e que exige as presenças física e espiritual.
Recomendo uma cena perto do final quando ELA faz um monólogo maravilhoso. É um trecho de pouco mais de dois minutos, mas que vale pelo filme inteiro. É filme para domingo à tarde, com chimarrão e pipoca.
Ave, Micha. Te videre in caelo

Nenhum comentário: