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sexta-feira, 11 de outubro de 2024

NOSSO AMOR DE ONTEM


A história vivida por Katie Morosky, uma judia ativista pelos direitos humanos e Hubbell Gardiner, um branco, anglo-saxão, protestante (WASP), boa vida, sedutor e talentoso para a escrita, mas do tipo "nem aí" para nada´, é sublime.
"The way we ware" - ou "Nosso amor de ontem" é um dos mais lindos filmes românticos que vi, e sempre tenho vontade de rever. Com Robert Redford (Gardiner) e Barbra Streisand (Morosky) sob a batuta de Sydney Pollack, conta a história de duas criaturas de conceituação social opostas, que se conhecem na adolescência, se reencontram quando adultos, se apaixonam e casam. Porém, apesar de todo sentimento envolvido e da química extraordinária entre os dois, não conseguem vencer as suas diferenças. Num lapso de vinte anos em que se passa a história, há momentos de muito amor, alegrias e tristezas.
Arthur Laurents escreveu o romance e o roteiro, e o resultado é um bom bocado do que vi e vivi naquela juventude aloprada dos anos 70. O filme é de 1973, mas com temas atemporais. Uma relação de pessoas de sentimentos antagonizados que poderia estar acontecido agora e bem aqui, na superfície de um mundo conflagrado, de profundas mudanças sociais e de costumes, sob a sombra sinistra do Macarthismo, o "Caça às bruxas" americano dos anos que sucederam a II Guerra.
A música oscarizada tem a voz de travesseiro da Barbra, que a deixa linda quando canta, e eu sempre acho que é para mim. É uma voz apaixonante, que desperta emoções ocasionais e incertas.


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