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sΓ‘bado, 12 de outubro de 2024

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HΓ‘ quem goste de Almodovar e hΓ‘ quem desgoste, mas nada dele passa despercebido. Nem ele. Γ‰ um diretor de extremo capricho, que parece viver fundo seus temas, cuidados na estΓ©tica, e em especial a obsessΓ£o pelo protagonismo feminino. Sempre hΓ‘ mulheres inspiradoras, fortes ou frΓ‘geis, mas sobretudo marcantes em suas obras.
Assisti "Julieta", muito pela belΓ­ssima e talentosa Adriana Ugarte. O filme em si nΓ£o chega a ser grande coisa, ao menos na minha Γ³tica amadora, no entanto, prende a atenção do princΓ­pio ao fim, e vocΓͺ vai lembrar dele por muito tempo .
Conta a história de uma mãe, abandonada pela filha em seu momento mais crítico de reconstrução, após ter perdido o marido. A mãe, Ugarte na fase mais jovem, não cansa de procurar pela filha. Ou melhor, nas pÑginas tantas de seu desatino procurante ela cansa, encontra-se como gente, e vai viver sua vida na fase madura (sai Ugarte entra Emma SuÑrez) com um novo amor. Porém, um encontro inesperado faz com que todo aquele tempo gasto em busca da filha retorne, e ela larga tudo e volta à estaca zero e ao ponto de partida de suas buscas.
HΓ‘ um detalhe interessante: consta que Almodovar tenha proibido choro dos protagonistas, embora haja cenas bem sensΓ­veis. Cobrou, entretanto, intenso como Γ©, dor e sofrimento, o que o elenco entrega com bastante competΓͺncia.
Ao fim, a gente calcula que mΓ£e e filha se encontram, no entanto, Almodovar, sendo Almodovar, nos coloca para trabalhar em um final de estrada bifurcada. Escolha o seu.

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