terça-feira, 27 de maio de 2025
𝗔𝗖𝗥𝗢𝗦𝗦 𝗧𝗛𝗘 𝗨𝗡𝗜𝗩𝗘𝗥𝗦𝗘
THER WONDERS - O SONHO NÃO ACABOU
sexta-feira, 23 de maio de 2025
AS LINHAS TORTAS DE DEUS
Esse filme é um thriller psicológico, ao nível das boas produções espanholas, onde, apesar dos esforços extremos e de riscos absurdos da mocinha Bárbara Lennie (a delegada de La casa de papel que muda de time) pela solução dos crimes, não dá para negar a paranoia. A gente só não fica sabendo em que estágio. Porém, com inimigo na trincheira conspirando incansavelmente, de fato, é de adoecer. Bárbara cumpre de tal forma competente o papel que eu não confiaria nela pessoalmente. Não antes de ela me apresentar atestado médico.
segunda-feira, 21 de abril de 2025
CONTRATADAS PARA MATAR
Antes de assistir a esse filme, seria interessante saber quem foi Lise Marie Jeanette de Baissac, ou simplesmente Lise de Baissac , ou ainda Louise Desfontaines (o codinome mais marcante dela). Nascida em Marselha (11/05/1905 - 29/03/2004) foi uma heroína, atiradora exímia, membro da Resistência francesa e agente especial do SOE (Special Operations Executive) na Segunda Guerra, órgão criado por Churchil.
Em 1944, quando os Aliados planejavam a improvável invasão ao solo francês tomado pelos nazistas, pela costa da Normandia, um geólogo, peça chave do plano, é ferido, hospitalizado, e está prestes a cair em mãos inimigas. Louise é chamada para liderar um plano de resgate, formando uma equipe de mulheres, que rapidamente treinadas se foram à luta, enfrentando todos os riscos que aquilo representava. E ela foi muito criteriosa na seleção. Todas tinham algum motivo para estarem no front, justos ou interesseiros. Com códigos de honra repassados e acordados (e que nem sempre são cumpridos, dependendo da resistência de cada um à dor), saltaram de paraquedas na região ocupada, já abaixo de chumbo. A partir daí seguem o plano, que é conhecido aos poucos, mas com um foco básico: matar o comandante das tropas invasoras.
Louise esteve na ativa até a rendição plena dos nazistas e posterior fim da guerra. Viveu 99 anos para ser reconhecida e homenagear suas companheiras de luta. O filme é de 2008, com o título de Les Femmes de l’ombre (As mulheres da sombra) e começou a ser gestado a partir do obituário de Lise.
quinta-feira, 17 de abril de 2025
MANHATAN NIGHT
Yvonne Strahovski é uma ótima atriz australiana e que me encanta. Acho uma pena não vê-la tão seguido. Linda, loira, tem um olhar e um sorriso com dois dentões de coelho extremamente sedutores. Intimidades a parte, fui vê-la em Manhattan Night, onde contracena com o desengonçado e ótimo Adrien Brody. Bom filme. Mistério do começo ao fim.
terça-feira, 15 de abril de 2025
A SOMBRA DE STALIN
O título original é "Mr. Jones" e retrata a saga do jornalista galês Gareth Jones, antes do inicio da Segunda Guerra.
sábado, 12 de abril de 2025
MICHELLE PFEIFFER
Michelle é um poema náufrago à deriva buscando um tema; é
verso abstrato em um horizonte gramatical de eventos que se consagra como ponto
de não retorno, onde adjetivos são tragados pelo buraco negro das insignificâncias. Verso de métrica embarcada que se recusa à rima. Ela é o Verbo que as Escrituras transformaram em carne e que, sintetizando física e
química em equação sistêmica, se defini por si: uma singularidade cósmica inatingível.
Não leio Michelle nos versos de Neruda. Também não a percebo
nos lascivos de Bukowski ou nos machistas de Vinicius. Talvez pudesse encontra-la
entre os ufanistas de Bilac personificando a imensidão da Pátria em um
continente de 1,70m ... loira e linda. Talvez. Por vezes tendo a vê-la na dor de Augusto dos
Anjos ou Alan Poe, porque sim, a beleza dói na razão direta de não podermos aprisioná-la, ou
que simplesmente o objeto dessa fascinação esteja em outro plano. Augusto e Poe são intensos, mas mórbidos, parecem encarar permanentemente o abismo, sublimando a relação entre o belo e o
trágico. Michelle não pode ser isso.
Quando a vejo em tela, resta-me agradecer ao Criador que me permitiu dividir com ela o mesmo sol, cumprir séculos iguais, estar presente em sua mesma linha de tempo, embora em mundos paralelos.
Ave, Michelle. Occurremus in caelo
29/04/2001
terça-feira, 1 de abril de 2025
O PACIENTE INGLÊS
Nove estatuetas em 1997 jamais podem ser desprezadas. Em especial com Binoche na tela. A primeira tarefa, no entanto, é manter-se acordado, e no início dessa curva dramática, só por ela. Não gosto muito de histórias contadas em flashbacks. Somado a isso, a lentidão da narrativa tem um forte poder sonífero.
Quando o sono é dominado, entretanto, e no meu caso nem demorou muito, dá para perceber os porquês das nove estatuetas. Recentemente revi esse filme, bem acordado desde os créditos iniciais. É uma grande história, com enredo robusto, direção que oscarizou Anthony Minghella e fotografias espetaculares. E show dos protagonistas.
"O paciente inglês" , como era tratado o ferido (Ralph Fiennes) de guerra que chegou à enfermaria de campanha, sem identificação, todo queimado, após ter o seu avião abatido supostamente pelos alemães, vai ser cuidado pela enfermeira Hanna (Juliette Binoche). Estabelecido o link afetivo entre paciente e enfermeira, o ferido relata uma história de amor vivida antes com a linda Katharine (Kristin Scott Thomas), quando furou os olhos de seu melhor amigo. À medida em que vai narrando, algumas "coisas" começam a ficar mais claras. Sempre lembrando que o pior inimigo é sempre um ex-amigo.
É um baita filme, com temas atemporais como amor, traição e guerra. Sensível, romântico, delicado e humano. Vale muito a pena ver ou rever. E caso durma, vai dormir bem. A imagem de Binoche, que nesse filme leva para casa a estatueta de melhor atriz coadjuvante, sempre traz sono bom, embora sonhos um tanto convulsos.
"Et Si Tu N'existais Pas", Juliete?
quarta-feira, 12 de março de 2025
IRREVERSÍVEL
Monica Bellucci, mesmo estática, transpira sensualidade. Linda, curriculada, poliglota; foi capa de várias revistas e emprestou sua plástica irretocável para grandes grifes de moda e perfume.
É uma mulher de mídia, que morou um tempo no Rio de Janeiro com o ex-marido Vincent Cassel (separaram-se em 2013) e hoje enfeita Portugal. Monica é outra que se queixa que a beleza acabou atrapalhando sua carreira cinematográfica. Mas não. Acho que o seu entrave é justamente uma de suas virtudes: ela posa mais do que interpreta. Nasceu para ser fotografada."𝐈𝐑𝐑𝐄𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐕𝐄𝐋", de 2002, com roteiro e direção do argentino Gaspar Noé é um filme em flashback (começa pelo fim), em que ela contracena com o ex Vincent. O ponto de partida é uma cena crua de estupro, sem os cuidados daquela que ficou gravada na nossa memória de "O último tango em Paris", se a palavra "cuidados" cabe em situações assim. Tensa, cruel e revoltante. É uma obra que vai saindo aos poucos da cabeça. Não se consegue apagar tão rápido imagens tão chocantes, o que significa que foi bem realizada e atinge seu objetivo. Mas só recomendo para quem em estômago forte. O filme é tão chocante, que no dia em que foi lançado, cerca de 250 pessoas abandonaram a sala de projeção.
É um filme que há vinte anos provoca reações controversas e recebeu uma nova versão, esta na ordem cronológica natural, e que ainda não vi. O único esteio a nos mostrar que a vida não é tão horrorosa quanto é o submundo habitado por sub-raças noturnas mostrado no filme, é a imagem de Monica. Assisti a esse filme com nojo e só não tive engulhos também por causa dela.
Quanto ao tempo, ele não destrói tudo; não tudo. Não é de todo irreversível.
HAIR
Não sou muito fã de musicais porque acho (apenas acho) que o gênero só cabe em teatro. E a maioria é oriunda dos palcos mesmo, como Moulin Rouge, Cabaret e outros menos votados.
quinta-feira, 6 de março de 2025
ARGYLLE, O SUPER ESPIÃO
terça-feira, 18 de fevereiro de 2025
A INCRIVEL HISTÓRIA DE ADALINE
O link com Benjamin Button (O curioso caso) é fatal, porém, com a inversão temporal. Para quem não lembra ou não assistiu, Benjamin (Brad Pitt) é acometido de uma anomalia estranha: nasce velho e vai rejuvenescendo.
Já Adaline (Blake Lively), após um acidente de carro durante uma tempestade nos anos 20 do século passado, fica entre a vida e a morte e é reanimada por um raio. Esse fenômeno transforma a vida de Adaline, faz com que pare no tempo. Ou seja, ela que tem 29 anos, é fadada a viver eternamente com essa idade. Sonho de consumo? Vai vendo. O peso dos anos funcionando na contra mão tornou-se insuportável. À época da realização do filme, 2015, teria perto de 100 anos, mas com carinha e corpinho de 29. Sem filtros ou apps.
Na seleta de carmas, ela, que tem uma filha pequena, é obrigada a acompanhar seu desenvolvimento à distância e a vê-la envelhecer. Seus entes queridos, um por um, vão morrendo, sem que ela não possa sequer se despedir, somente chorar escondida. De tempos em tempos é obrigada a trocar de identidade, a fim de manter-se no anonimato. Até 2035 que, segundo alertado pela própria produção, o enigma haverá de ser desvendado.
O filme é uma ficção inteligente, que nos põe a pensar sobre o mistério que nos atormenta desde que nos demos por gente: a finitude da vida. E talvez uma reflexão contábil sobre a longevidade. Creditamo-nos de tempo, mas assistimos partir nossos afetos. Enfim, diferentemente de Benjamin Button, que me deixou desconfortável, vi em Adaline um romance sensível, emotivo e muito bom de assistir. Demora um pouco a esvaziar o disco.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
AVE, ENNIO.
Hora de permanecer nos bastidores e prestar reverência ao mago dos sons; àquele que fazia a voz das cenas sem texto.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
MULHERES ADIANTE DO TEMPO
Alguém, não sei quem, pela primeira vez disse a frase/sentença: "essa é uma mulher muito à frente do seu tempo". E uma vitrine dourada para isso, quando o mundo ameaçava a se globalizar foi Hollywood. Uma dessas mulheres, Hedy Lamarr, atriz e inventora austríaca, cheia de virtudes físicas e intelectuais, que conquistou Hollywood, o mundo e retirava suspiros do velho Portella. Linda, talentosa e dona de um QI extraordinário.
quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
SOMBRAS DO PASSADO
É uma história e tanto! Laços familiares intrincados, mal resolvidos em tons cinza-chumbo. Iris é uma advogada competente, com um filho autista, que exige muito zelo e sua total prioridade.
Circunstancialmente na casa de sua mãe, o chão ameaça se abrir sob seus pés, ao descobrir, também circunstancialmente, a existência de um suposto irmão. Ray, o suposto irmão escondido pela mãe, também é autista e está em prisão perpétua em uma clínica, condenado por duplo assassinato. Mas a história toda não é bem assim. Ao conhecer o suposto irmão, Iris desenvolve a certeza de que ele é inocente e então vai fundo na trama que é muito mais complexa e feia do que se anuncia. A intrigante cicatriz de queimadura que a mocinha tem na região lombar ajuda a desvendar um dos mistérios.Gostei muito do filme. Pequenos pecadílhos no roteiro não deslustram o desempenho dos personagens, nem a história de desfecho comovente, que foca aspectos importantes do TEA e da resiliência de quem convive com ela. O do sofá fica ligado de créditos a créditos.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
BAGAGEM DE RISCO
Uma levada meio 007 ou Missão impossível, sem os efeitos especiais dos dois, e as que há não são convincentes. Assim é o "Bagagem...", filme que a Netflix pulveriza na mídia como top. Não achei tudo isso, embora atenda as promessas de ação e suspense.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
ALICE: SUBSERVIENCE
Você que está sempre atento às modernidades tecnológicas, que já dispensou o controle remoto porque, afinal, se ainda não basta apenas pensar para as coisas estarem acontecendo em casa, por certo que em algum dispositivo digital tem um app para realizar tarefas, se ligue na dica. Eu não gosto muito do tema. Inclusive, mal consigo me relacionar com a Alexa e andamos estremecidos. No entanto, por curiosidade, fui assistir "Subservience".
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
O PREÇO DA VERDADE
Robert Bilott é um advogado ambiental americano de Cincinnati, Ohio. Bilott é conhecido pelos processos contra a DuPont, a saber uma das maiores indústrias do mundo, em nome dos queixosos feridos por lixo despejado em comunidades rurais na Virgínia Ocidental. Bilott passou mais de vinte anos a trabalhar contra o despejo perigoso dos produtos químicos ácido perfluorooctanóico (PFOA) e ácido perfluorooctanossulfônico (PFOS). Fonte Wikipedia.
Pois suas façanhas, no início tidas como quixotescas no ambiente jurídico americano dos anos 80, onde arriscou sua carreira, família e a própria saúde, acabaram vindo à tela em um filme produzido e interpretado por Mark Ruffalo, no papel do protagonista. É um filme que deve ser visto e reflexionado por todo mundo, não como obra de arte, mas como um documentário. Trata-se de algo que faz parte do nosso dia a dia, que é o uso do teflon, subproduto do PFOS em utensílios domésticos, e seus efeitos sobre a saúde. Pesquisando em sites confiáveis a gente descobre: para que o Teflon se fixe no metal da panela, ela passa por várias etapas de cura em altíssimas temperaturas, acima de 400 graus. (Uma panela de pressão ferve a 120°, mas eu não arrisco).
O filme conta com um elenco de peso, como Anne Hathaway, Bill Pullmann e Tim Robins, entre outros, todos, entretanto, com pouca relevância na dramatização, uma vez que a história é focada quase na íntegra nas ações do protagonista, que impôs severas derrotas à gigante DuPont. Cabe, porém, ressaltar a atuação fantástica do veterano Bill Camp no papel do fazendeiro que deu causa a todas as ações.
Bob Bilott, cuja origem profissional era defender justamente indústrias químicas, tem hoje 59 anos e continua firme, com algumas sequelas, em sua luta pela saúde ambiental.
terça-feira, 26 de novembro de 2024
ESTRELA-GURIA
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
TEMPO DE COLÉGIO
quarta-feira, 16 de outubro de 2024
DEBRA PAGET
SARITA MONTIEL - La violetera
Não sei bem se foi "La violetera" que catapultou sua carreira. Como cantora, ela já era um fenômeno no final dos anos 50. E linda, muito linda!
VIRNA LISI
A morte de uma estrela mexe com o universo. Cria o tal buraco negro, circundado por uma energia cósmica chamada de ponto de não retorno, que suga tudo para seu núcleo. Nessa fronteira teórica, sumidouro espacial, mergulhamos todos, súditos inconformados, com a morte de Virna Lisi.